O senador Wellington Fagundes (PR) não tenta mais negar a conversa de bastidores em torno de agregar o PSD do ex-vice-governador Carlos Fávaro à sua candidatura ao governo do Estado neste 2018. “Temos conversado diuturnamente há muito tempo. Temos grande possibilidade de estar juntos”, especialmente depois da atitude de rompimento tomada pelo ruralista, disse Fagundes em entrevista ao jornalista Paulo Coelho, da Rádio Capital FM.
Deixou claro que nunca vetou “nenhum partido, nenhum setor social” que se aproximarem para o “bem do Estado”. Lembrou o ineditismo da renúncia de um vice em Mato Grosso e citou a força de lideranças expressivas em uma eventual chapa PR/PSD/DEM, como Zeca Viana, Otaviano Pivetta, Mauro Mendes e os irmãos Campos.
“Todas as pessoas descontentes, e nós temos pesquisa, que representam a grande maioria da população mato-grossense, insatisfeita com a gestão, a política administrativa do atual governo do estado”. Reforçou as críticas do presidente da AMM, Neurilan Fraga (PSD), e um suposto antimunicipalismo de Pedro Taques (PSDB).
Não há apoio das ações do governo junto aos municípios, sem repasses dos programas. “Você viu no final do ano? O governo desviou os recursos do Fundeb, colocando a grande maioria dos municípios de MT em condição de inadimplência, hospitais regionais, filantrópicos”, disse ao repórter.
Welington Fagundes só não explicou como faria para convencer Mauro Mendes (caso ele decida mesmo ser candidato), Otaviano Pivetta ou mesmo os Campos a não serem eles mesmos os candidatos no lugar de apoiá-lo para governador.
Fundeb é a sigla para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação.