Que a informação é uma das principais ferramentas de transformação humana, Rafaela não tem dúvidas. Somadas a certeza e amor pela pequena Ângela, sua filha de apenas dois meses, a decisão foi sair cedo de casa nesta quarta-feira (23) para relembrar um trajeto que não é nenhuma novidade. Só que desta vez, a volta à Unidade de Saúde da Família (USF) do Residencial Coxipó I não é mais por conta do pré-natal. A fase agora é outra. É hora de amamentar a bebê, enquanto se alimenta da programação do ‘Agosto Dourado’.
A palestra promovida nesta manhã sobre a importância do aleitamento materno faz parte da programação deste mês nas unidades básicas de saúde de Cuiabá, cujo calendário é marcado pela intensificação das ações de conscientização e esclarecimento da população sobre a amamentação. “A palestra reforçou aquilo que eu já sabia. Minha mãe teve três filhos e me orientou muito sobre isso. Também fiz todo o pré-natal aqui e a médica, enfermeiras e agentes comunitários de saúde me deram todo suporte”, observou Rafaela Carolina Oliveira Lopes, mãe da pequena Ângela.
Ainda jovem, a mãe de apenas 16 anos demonstra a maturidade necessária quando o assunto é cuidar da filha. Da mesma maneira, outras 40 gestantes participaram das três palestras realizadas durante este mês na unidade. “Toda terça-feira é dia de consulta pré-natal e aproveitamos que todas as mães estão reunidas na sala de espera para abordá-las sobre o assunto. É importante que o tema seja tratado com frequência, pois ainda existem muitos mitos e inverdades”, explicou a enfermeira da USF, Rosele Arcoverde.
Tâmara Silva e Silva é responsável técnica do programa Saúde da Criança da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e coordenadora da programação de rodas de conversas, palestras e atividades relacionadas ao ‘Agosto Dourado’. Segundo ela, o leite materno é capaz de reduzir em 13% a mortalidade de crianças menores de cinco anos por causas evitáveis, além de reduzir o risco de desenvolvimento de doenças crônicas como diabetes e hipertensão. “O aleitamento materno deve ser exclusivo até os seis meses. Isso significa que não deve ser oferecido qualquer outro tipo de comida ou bebida ao bebê”.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda ainda que, após este período, a amamentação deve prosseguir pelo menos até os dois anos de idade, em associação com a alimentação complementar. Entre as vantagens, o ato promove uma interação profunda entre mãe e filho, ajuda no desenvolvimento motor e emocional da criança, faz o útero da mãe voltar mais rápido ao tamanho natural, diminui o risco de hemorragia pós-parto, ajuda a mulher a voltar mais rapidamente ao peso que tinha antes da gestação e diminui o risco de câncer de mama e de ovário.
Programação
Participaram da programação relativa ao ‘Agosto Dourado’ as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Novo Paraíso, Santa Isabel I e II, Tijucal, Canjica, Altos da Serra, Nossa Senhora da Guia, Parque Cuiabá, Pedra 90 VI, Atalaia I e II e Residencial Coxipó I. Para fechar o mês, os Programas Sa