O UniCredit afirmou que não tomará qualquer decisão conclusiva sobre a oferta de aquisição do Banco BPM, seu rival menor, após o governo da Itália estabelecer condições que, segundo o banco, “poderiam levar a resultados indesejados”. O banco italiano disse que as imposições de Roma se traduzem em restrições à maneira como a entidade combinada conduziria suas futuras atividades de crédito e liquidez, bem como às atividades do grupo na Rússia, onde vem reduzindo suas operações, mas ainda não se desfez totalmente.
Embora o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Itália tenham autorizado o negócio entre os credores, o governo italiano afirmou as medidas impostas são para proteger interesses estratégicos de segurança nacional.
Por outro lado, um “sinal verde” do governo foi dado para outros negócios: a proposta de aquisição do Mediobanca pelo Monte dei Paschi e a compra separada da gestora de ativos Anima Holding pelo Banco BPM.
“As prescrições impostas ao UniCredit podem prejudicar sua plena liberdade e capacidade de tomar decisões sensatas e prudentes no futuro, e até mesmo levar a resultados indesejados”, afirmou o UniCredit, que lançou uma oferta de mais de 10 bilhões de euros pelo Banco BPM em novembro, na tentativa de reforçar sua posição como o segundo maior banco da Itália em ativos e ganhar escala na rica região da Lombardia. O Banco BPM rejeitou a proposta, alegando que ela subvaloriza o banco e cria incerteza.