Ministro da Saúde, Marcelo Castro, e embaixadores da União Europeia no Brasil durante reunião nesta terça (16) (Foto: Mateus Rodrigues/G1)
A União Europeia anunciou nesta terça-feira (16) que vai destinar 10 milhões de euros para as pesquisas científicas relacionadas ao Aedes aegypti e ao vírus da zika no Brasil. O dinheiro será gerenciado pelo programa de pesquisas do bloco econômico, chamado Horizonte 2020, e entregue diretamente às equipes científicas.
O embaixador da União Europeia no Brasil, João Cravinho, afirmou que o edital deve ser publicado em 15 de março, com um mês para a inscrição dos pesquisadores. Além de institutos como Fiocruz e Butantan, universidades e órgãos internacionais poderão participar da disputa.
"Isto acontece no âmbito da investigação científica, em um edital em que as melhores propostas científicas serão financiadas. A União Europeia tem um dever de solidariedade e de interesse nessas pesquisas", diz Cravinho.
O anúncio foi feito após reunião com representantes de 24 dos 28 países que compõem o bloco e o ministro da Saúde, Marcelo Castro. No encontro, o governo federal esclareceu dúvidas e apresentou os dados atuais das infecções por vírus da zika, dengue e chikingunya, transmitidas pelo Aedes aegypti.
"Viemos trazer todas as informações sobre o maior problema de saúde pública do país. Como todos vocês sabem, hoje é uma preocupação internacional o problema do vírus zika. A OMS acha que pode haver uma pandemia aqui nas Américas, declarou emergência internacional e toda a comunidade está preocupada com o que acontece no Brasil", declarou Castro.
O ministro afirmou, mais uma vez, que o governo atua com "total transparência" na divulgação dos dados de pesquisas científicas e relativos ao índice de infecção. Perguntado sobre um possível "pedido de ajuda" do Brasil à Europa, Castro disse que o assunto foi mencionado na coletiva, mas não detalhou outras ações de cooperação.
"Nós gostaríamos muito de ter compartilhamento de informações, parcerias com órgãos internacionais para desenvolver tratamentos e vacinas. Estamos agindo em várias frentes", diz. Nesta terça, um grupo de pesquisadores do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) norte-americano deram início a um estudo sobre zika e Aedes na Paraíba.
Fonte: G1