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Um em cada quatro acidentes na BR-163 envolve motocicleta

Um em cada quatro acidentes na BR-163, em Mato Grosso, tem envolvimento de motociclistas. No ano passado, eles representaram 43% dos feridos e 23,5% das mortes na rodovia. Foram 809 casos dos 2.984 registrados pela Rota do Oeste, concessionária responsável pela fiscalização da BR. Desse total, em 638 houve vítimas- 764 feridos e 26 mortos. A quantia preocupante de ocorrências é uma combinação do grande número de motos em circulação por Mato Grosso e a falta de atenção às leis de trânsito.

 Conforme o gerente de operações da Rota do Oeste, Fernando Milléo, embora representem menos de 2% dos veículos que passam pelas praças de pedágio, as motocicletas e motonetas são muito utilizadas pelos usuários da BR-163, principalmente nas cidades ao longo da rodovia.

 Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam Sinop (505 km de Cuiabá), como a maior cidade da região Norte de Mato Grosso em número de motos e motonetas. Esses veículos representam 43% da frota total automóveis do município.  

Logo em seguida aparece Rondonópolis (210 km de Cuiabá), a maior cidade do Sul de Mato Grosso, com equivalente 42% da frota. A média do País é de uma moto/motoneta a cada três habitantes.

“A mistura de tráfego urbano com o rodoviário favorece a incidência de acidentes, principalmente porque não é raro o motoqueiro se colocar em risco, trafegando entre veículos, pulando canteiros, usando passagens de pedestres. Muitos são flagrados sem capacete, embriagados e em alta velocidade. Em uma rodovia isso fica ainda mais grave”, disse Milléo.

 Os casos mais frequentes registrados pela Rota do Oeste no último ano foram as quedas (295), seguidas das colisões transversais (189), traseiras (145), laterais (110) e frontais (52).

 “O motoqueiro está exposto e o efeito de um acidente nele é mais grave, se comparado com o ocupante de um carro, por exemplo, que está protegido pelo veículo. Por isso, é preciso ter mais cuidado e respeitar as leis de trânsito”.

Conforme a concessionária, em 2016, a maioria dos pilotos que se envolvem em acidentes tem idade entre 23 e 37 anos; eles somam 40% dos casos. Os em faixa etária mais baixa, entre 18 e 22 anos, representam 16% dos feridos.

Ainda conforme a Rota do Oeste, em 19% dos registros os motociclistas não eram habilitados e 30% tinham a carteira de habilitação (CNH) vencida há menos cinco anos.

Hora do rush

Os horários com maior incidência de acidentes são das 16h às 20h (32%), das 6h às 8h (12%) e das 11h às 12h (6%). O gerente de operações explica que são períodos de pico, quando o tráfego de todos os tipos de veículos é maior.

Para evitar acidentes, Milléo recomenda aos motociclistas o respeito às leis de trânsito, principalmente muito cuidado ao trafegar na rodovia. A tomada de decisão em uma ultrapassagem e a decisão de se aproximar de outros veículos têm que ser bem avaliadas para evitar acidentes graves.

“O motoqueiro precisa entender que é diferente conduzir no trecho urbano e em uma BR, principalmente as questões de velocidade, ultrapassagens e visibilidade. Se precisar fazer um contorno, faça a manobra adequada. Não passe por cima do canteiro, porque isso representa um risco real tanto para quem comete a infração, quanto para terceiros que podem ser atingidos”.

O uso de capacetes e de roupas apropriadas também está dentre os itens de segurança, assim como a manutenção dos veículos, que devem estar em boas condições de uso, com freios, suspensão e sinalização funcionando.

Redação

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