Opinião

Um cortinho

A receita do governo popular socialista é a mesma dos chamados governos reacionários da direita.

O método utilizado atualmente no governo participativo em nada difere do governo militar. Dona Miriam repete o que aprendeu com os seus antecessores para salvar o Brasil da falência. Fez, segundo ela, um cortinho no orçamento aprovado pelo Congresso e sancionado pela Presidente de R$ 55 bilhões de reais.

Realmente é um cortinho, pois, com os feriados previstos para este ano, perderemos R$ 45 bilhões, segundo os mais otimistas. Certas coisas em economia eu não entendo e nem irei entender.

Quando dois e dois são cinco, o melhor é não discutir com essa gente de linguajar diferente que é o economês.

O remédio indicado é cirúrgico. E falam que o problema é tão sério, que em vez do bisturi será utilizado a navalha e a tesoura.

Pelos corredores oficiais, como das outras vezes, dizem que ordens superiores mandam cortar a própria carne dos gastos governamentais.

Pesquisei os órgãos públicos que receberão a  tesourada.

Imaginei que a cirurgia fosse começar pelo Congresso Nacional, Poder Judiciário, Tribunal de Contas, cartões corporativos, excesso de despesas com jatinhos e diárias, número escandaloso de cargos comissionados, os conhecidíssimos e disputadíssimos DAS (Direção de Assessoramento Superior), além da infinidade de contratos de preenchimento temporário.

Nadinha disso. A tesourada acertará benefícios previdenciários, saúde, ministério das Cidades, ministério da Defesa, complemento do FGTS, ministério da Justiça.

O trajeto da tesourada não foi feito por critérios de prioridade. Todos sabem da situação da nossa saúde pública por falta de financiamento público e esse cortinho de 5.4% no orçamento da saúde, ninguém entendeu.

Outro problema é com a nossa defesa, principalmente na fiscalização das nossas fronteiras, na luta com as drogas (3.8%).

Deixo de comentar o que significa diminuir recursos para os problemas das nossas cidades, o crônico déficit da previdência dos pobres, além de diminuição de subsídios (5.1%), principalmente para a nossa educação.

Em nosso rico Mato Grosso, onde temos tantos reis da produção de alimentos, 90% dos nossos professores do ensino fundamental, ganham abaixo do salário básico do sindicato.

As ruas não se conformam com esse cortinho da Dona Miriam de R$ 55 bilhões como foi feito.

Se não pode mexer no bolso dos poderosos, acabe com os feriados, pelo menos.

Assim como foi feito o cortinho, é uma terrível injustiça social em um governo que diz que faz tudo pelo social.

Gabriel Novis Neves

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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