Política

Último debate na TV tem tom propositivo e enfoca o fator econômico

O último debate em TV dos candidatos ao governo de Mato Grosso teve tom mais equilibrado, com discussão de temas em torno do fator econômico. Houve questões sobre as despesas com folha do funcionalismo público, concurso público e a obra do VLT (Veículo Leve sobre Trilho).  

Quatro dos cinco concorrentes participaram do debate, na noite desta terça-feira (2), realizado pela TVCA, filiada à Rede Globo – Pedro Taques (atual governador e candidato à reeleição pelo PSDB), Mauro Mandes (DEM), Wellington Fagundes (PR) e Moisés Franz (Rede). O critério escolhido pela emissão para participação no programa foi por representação mínima de cinco mandatários no Congresso Nacional, o que excluiu o candidato Arthur Nogueira (Rede). 

As questões frequentes foram sobre as propostas de enxugamento de máquina pública, como despesas com folha salarial e cargos comissionados; a necessidade do Estado de aumentar cargos em áreas essenciais, como educação e segurança pública; e também a definição das obras do modal VLT. 

O tucano Pedro Taques anunciou para esta quarta (3) o início de chamamento dos candidatos aprovados no concurso para agentes penitenciários por autorização da juíza Maria Herotildes, e voltou a destacar a convocação de policiais militares e oficiais do Corpo de Bombeiros. Disse ainda que reduziu o número de cargos comissionados de indicação política (DSA) que teria contribuído para a redução dos gastos do Estados. 

Moisés Franz apontou ser possível reduzir os impostos em vigor para mitigar o peso de taxas e criticou o a aprovação da emenda constitucional que limita os gastos públicos, com previsão de reajuste orçamentário anual com base na inflação do ano anterior. O candidato afirmou que as secretarias de Saúde, Educação e Segurança Pública possuem orçamento o suficiente para investimento em serviços essenciais, o que faltaria é uma administração correta dos recursos que entram no caixa público. 

Mauro Mendes atribui a crise financeira do Estado, que tem causado atraso na quitação de dívidas com empresas fornecedoras e forçou a mudança da data de pagamento dos salários para o dia 10 de cada mês, ao número de cargos comissionados; quantidade que seria reduzida em seu eventual governo. Ele afirmou que a divergência de gestão afeta a saúde e segurança que estariam com aprovados à espera de convocação, desde 2015. 

O republicano Wellington Fagundes também criticou a demora do Estado em chamar os candidatos de concursos e atribuiu a dificuldade com categorias reclamantes de investimento a falta de diálogo do governador Pedro Taques. 

Os quatro candidatos disseram ser a favor a conclusão da obra do VLT, emperrada desde 2014, mas não apontaram medidas específicas para alocação de recurso para a retomada dos serviços. 

Histórico dos candidatos 

Este foi o primeiro debate dentre os candidatos com enfoque nas propostas de gestão. Mas, houve críticas entre os participantes por histórico e ligação política. Moisés Franz (Psol) foi o candidato que se destacou com o tom mais severo, chamando a pesquisar a vida dos candidatos. 

Ele tentou se descolar do grupo com a apresentação dos três candidatos como membros de um mesmo partido político. “Você, eleitor, tem que pesquisar a vida dos candidatos para saber em que você está votando e não ficar mais quatro anos reclamando. Os outros três candidatos aqui são do mesmo grupo e estavam juntos até o ano passado. Não se diferenciam um do outro”, disse. 

O democrata Mauro Mendes novamente associou Wellington Fagundes e Pedro Taques pelos mandatos de senador que foram interrompidos para a concorrerem ao governo de Mato Grosso. Taques em 2014 e Fagundes, neste ano. 

“Eles são da área legislativa e interromperam o voto de confiança que receberam do eleitor para concorrer ao Estado. O Wellington Fagundes já perdeu eleição para prefeitura de Rondonópolis, e o Pedro Taques foi eleito por 57% dos eleitores, inclusive, eu voltei nele, mas agora a gente está vendo o resultado”. 

Wellington Fagundes disse que o democrata também perdeu duas eleições, para a Prefeitura de Cuiabá, e 2008, e para o governo, em 2010. “O candidato tem que ter humildade, ele também já perdeu duas eleições, para a prefeitura e para o Estado, e também está aqui concorrendo”. 

Taques, tom mais ameno, voltou a falar de políticos próximos ao ex-governador Silval Barbosa (sem partido) que compõem o arco de aliança de Mauro Mendes. “O Estado está nesta situação porque foi deixado assim pela gestão passada que era do MDB, que é do Carlos Bezerra, que está no grupo do Mauro Mendes”.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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