A direção do PSDB está tentando controlar os efeitos da declaração da ex-juíza Selma Arruda (PSL) sobre os candidatos tucanos. Hoje (30) pela manhã, representantes do partido tiveram reunião restrita para discutir o assunto.
Uma ala insatisfeita quer a segurança de que a pré-candidata ao Senado não volte a falar contra o PSDB de modo generalizado, prejudicando outros nomes da sigla com a sugestão de corrupção.
“Se ela tiver algum nome, quer seja investigação em andamento ou algum tipo de restrição, que seja nomeada a pessoa e não que ela diga que seus apoiadores estão liberados para não votar nos integrantes do partido de modo geral”, disse fonte ouvida pelo Circuito Mato Grosso.
Na semana passada, por duas vezes, Selma Arruda demonstrou desconforto com a aliança de seu partido (PSL) com os tucanos. A primeira ocorreu um dia após o anúncio da coligação, em conversa com transmissão ao vivo no perfil do Facebook, na quarta (25). A ex-juíza afirmou que os seus apoiadores estão liberados para não voltar em candidatos tucanos, apesar de chapa.
Na sexta (27), ela voltou a demonstrar constrangimento pelo acordo com ser questionada, em entrevista, sobre a possibilidade de seu nome ser associado a políticos implicados em investigação por corrupção político. Desta vez, a pré-candidata afirmou que o PSL aceitou se associar ao PSDB para as eleições deste ano por ser uma sigla mais leve no volume de acusações.
A direção do PSDB não definiu ainda que medida tomará para aliviar a repercussão da manifestação de Selma Arruda, mas não descarta que haja rompimento do acordo firmado há uma semana.