O presidente dos EUA, Donald Trump, se referiu ao assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, como presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) “em potencial”, ao apresentar participantes em evento para anunciar doação da Dell no valor de US$ 6,25 bilhões para o ‘Trump Accounts’ nesta terça-feira.
Hassett é visto pelo mercado como o nome preferido de Trump para suceder o atual líder do Fed, Jerome Powell. Contudo, algumas horas antes, o presidente americano sinalizou que adiaria para o próximo ano o anúncio de um substituto, contradizendo comentários anteriores de que já teria feito sua escolha e a comunicaria até o Natal.
O assessor econômico estava entre os presentes da equipe econômica do governo, incluindo o secretário do Tesouro, Scott Bessent, em um evento para anunciar investimento da Dell no programa de poupanças para crianças dos EUA, nomeado ‘Trump Accounts’.
O CEO da empresa de tecnologia, Michael Dell, e sua esposa, Susan, doaram US$ 6,25 bilhões para o programa, que deve ser destinado para aproximadamente 25 milhões de crianças americanas que não são elegíveis para receber os US$ 1 mil em capital inicial que o governo pretende oferecer em novas contas de investimento.
Para ser elegível ao capital estatal, as crianças devem ter nascido entre 1º de janeiro de 2025 e dezembro de 2028, possuir número de seguridade social e cidadania dos EUA. Já a doação da Dell permitirá que crianças nascidas antes de 1º de janeiro e menores de 10 anos recebam cerca de US$ 250 em fundos de poupança desde que possuam renda menor ou igual a US$ 150 mil.
As poupanças devem ser lançadas em 4 de julho de 2026 e serão mantidas sob custódia e regras especiais até que as crianças completem 18 anos, crescendo por meio de investimentos que, segundo Trump, acompanharão o mercado acionário dos EUA. Pais, familiares e amigos poderão contribuir em até US$ 5 mil anualmente após pagamento de impostos, assim como empregadores e instituições beneficentes.
No mesmo evento, Trump disse ter tido uma “boa conversa” com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva sobre comércio e sanções econômicas, confirmando comunicado anterior da Secom.



