O presidente eleito americano, Donald Trump, quer "segurança (social) para todos", disse ao jornal "The Washington Post", algo nada insignificante em um país no qual milhões de cidadãos não estão segurados.
O republicano atacou em diversas ocasiões a promulgação pelo presidente Barack Obama da lei de saúde, o Affordable Care Act (ACA), e fez campanha a favor de sua revogação e substituição, embora nunca tenha explicado de que maneira.
Agora, no entanto, segundo o jornal, o magnata quer "cobertura para todos", ao mesmo tempo em que exige que as companhias farmacêuticas negociem diretamente com o governo os preços do Medicare e Medicaid, os planos governamentais para os cidadãos idosos e de baixa renda, respectivamente.
"Estão protegidas politicamente. Agora não mais", disse Trump referindo-se às grandes companhias farmacêuticas.
A Casa Branca apresentou o ACA, conhecido como Obamacare, como um êxito, afirmando que mais de 20 milhões de americanos passaram a ter cobertura de saúde graças a esta lei.
O ACA proíbe as companhias de seguro de negar assistência de saúde devido a doenças pré-existentes, elimina limites de duração sobre os cuidados e permite que os filhos permaneçam nos planos de saúde de seus pais até os 26 anos, três medidas que foram amplamente populares em todo o país.
Os democratas advertiram que revogar esta lei significaria deixar milhares de cidadãos sem cobertura.
Embora a nova cúpula republicana no Congresso tenha começado a se mover rapidamente para privar o ACA de financiamento, também ressaltou que não quer "deixar sem apoio ninguém" que pudesse perder a cobertura se não houvesse um plano substituto oferecido.
Há um debate entre os republicanos sobre como proceder sem ter pronto um plano substituto confiável.
Sem revelar muito mais que um compromisso de "números mais baixos, menos deduzíveis", Trump disse que um acordo foi alcançado.
"Está bastante formulado, faltam os últimos retoques. Ainda não o divulgamos, mas faremos isso em breve", disse.
"Vamos ter cobertura para todos. Havia uma filosofia em alguns círculos de que, se não pode pagar por ela, não pode tê-la (a saúde). Isso não vai acontecer conosco", afirmou.
As pessoas cobertas pela lei "podem esperar ter um bom seguro saúde", disse. "Será de uma forma muito mais simples. Mais barata e muito melhor", concluiu.
Fonte: G1