O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na noite desta terça, 21, ter fechado acordo comercial com o Japão. A divulgação ocorreu em post em sua rede, a Truth Social. Conforme o anúncio, o país asiático pagará alíquota tarifária de 15%, ante os 25% impostos no começo de julho, e investirá US$ 550 bilhões nos EUA.
Segundo Trump, o acordo criará centenas de milhares de empregos e o Japão abrirá o país para o comércio, incluindo “carros e caminhões, arroz e alguns outros produtos agrícolas”.
Pela rede social, Trump disse ter concluído “um grande acordo com o Japão, talvez o maior já feito”. Ele acrescentou que “90% dos lucros” referentes aos investimentos japoneses nos EUA ficarão no país. “Nunca houve nada parecido”, afirmou. “O Japão pagará tarifas recíprocas aos Estados Unidos de 15%. Este é um momento muito emocionante para os Estados Unidos da América, e especialmente pelo fato de que continuaremos sempre a ter um ótimo relacionamento com o Japão.”
Também ontem, Trump anunciou ter fechado acordo com a Indonésia, que prevê a eliminação de 99% das barreiras tarifárias do país asiático para produtos americanos, enquanto os EUA aplicarão tarifa de 19% sobre produtos indonésios.
Também em publicação na Truth Social, Trump destacou que “a Indonésia será um mercado aberto para produtos industriais, tecnológicos e agrícolas americanos, eliminando 99% de suas barreiras tarifárias”. Por sua vez, “os EUA venderão produtos fabricados na América para a Indonésia com tarifa zero, enquanto a Indonésia pagará 19% sobre todos os seus produtos que entrarem nos EUA”.
O acordo também prevê que a Indonésia fornecerá aos EUA seus “preciosos minerais críticos, além de assinar grandes contratos, no valor de dezenas de bilhões de dólares, para a compra de aeronaves Boeing, produtos agrícolas e energia americanos”, acrescentou o republicano.
Além dos termos tarifários, o comunicado traz compromissos da Indonésia para reduzir barreiras regulatórias, como a aceitação de certificações americanas e a eliminação de exigências locais para produtos dos EUA.
Também há avanços previstos em propriedade intelectual e regras para produtos remanufaturados. O texto inclui ainda promessas na área digital, ambiental e trabalhista, com medidas como liberação da transferência de dados, combate ao desmatamento ilegal e proibição de importação de bens produzidos com trabalho forçado.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.