Tombos são verdadeiros fantasmas que rondam a vida das modelos, mas, no caso de Bárbara Berger, este incidente nunca aconteceu. No entanto, ela já passou bem perto disso e diverte-se relembrando os momentos mais difíceis e engraçados que coleciona ao longo da carreira. "Nunca caí, mas já tropecei, virei o pé, pisei no vestido , desfilei com a bunda de fora…", conta, rindo.
Ela diz que o incidente aconteceu em uma troca de roupa, ao colocar a calcinha e prender o vestido sem querer. "Ninguém percebeu, mas senti um ventinho. Até hoje não sei o quanto apareceu, porque graças a Deus não tiraram foto", lembra, reforçando que o caso não chegou a trazer nenhuma repercussão negativa à sua carreira.
Outro momento complicado foi no Fashion Rio , quando tinha que desfilar com um sapato estilo "gueixa". Para completar, a passarela tinha relevos e ondulações. "Era um salto 15, muito difícil. Entrei na passarela praticamente chorando. Não estava me sentindo segura pra fazer aquele desfile , mas no final deu tudo certo."
E as celulites das modelos?
Elas sempre entram em pauta durante semanas de moda , especialmente entre as grifes de moda praia. Modesta, Bárbara acredita que se livrou das especulações nesse sentido por ter um corpo mais esguio. "Tive a sorte de desfilar com meninas que estavam mais em evidência do que eu em questão de corpo, mais saradas, mais malhadas. Eu sempre fui longilínea, nunca fui 'o corpo da temporada'. As meninas que são nomeadas assim sofrem mais", pontua.
E por incrível que pareça, ela diz que também tem lá seus 'furinhos'. "Toda mulher tem. Mas a gente tem os truques, os cremes que dão brilho, as luzes. Eu não consigo entender por que as pessoas são tão críticas com a celulite. Em desfile, até as mulheres mais saradas têm. Mas as pessoas que trabalham com a gente tem esse cuidado para nos mostrar bem saudáveis. Até por que, se o foco virar a celulite da modelo, a roupa já era. Eu acho uma tragédia quando a pessoa fala da celulite e não de um biquíni que está sendo mostrado", dispara.
Musculação, não!
Bárbara falou um pouco sobre a relação que tem com o corpo. Ela conta que já tentou fazer musculação, mas começou a formar músculos muito rápido e desistiu. "Não é o meu foco." Para manter a boa forma , ela prioriza os exercícios cardiovasculares. "Corro, ando de bike, faço aula de spinning. Todos os dias, se puder eu vou."
No quesito alimentação, tem priorizado os alimentos mais naturais e deixado de lado os industrializados. Para driblar a fome e a falta de tempo, ela carrega petiscos saudáveis, como amêndoas, cenouras e salsão. "Não é só pelo fato de ser modelo e estar nesse meio, mas sempre gostei de ser saudável", afirma.
O controle da rotina alimentar se torna ainda mais fácil porque a modelo adora cozinhar. "É minha terapia", diz, acrescentando que adora fazer "gororobas" com tudo o que tem na geladeira.
Figurinha carimbada
A top, que desfilou pela primeira vez no SPFW aos 17 anos, é visivelmente uma figurinha conhecida – e querida – no evento. De cinco em cinco minutos é interrompida para fotos, abraços e cumprimentos à distância. "Amo muito (ser modelo), amo estar no evento, se continuarem me chamando vou continuar aqui, amo o que eu faço de verdade", disse.
Bárbara, que vive com o marido em Nova York (EUA), conta que fez muitas amizades verdadeiras no meio. "Sheila Klein, Bruna Tenório, Fabi Mayer, Isabel Hickmann", enumera. "Não tem como não ser, porque a gente fica muito junto, 24 horas por dia. É desfile, troca de roupa. A gente acaba criando intimidade com as pessoas", afirma.
A alta concorrência que existe na área também não é problema para a paranaense, que descarta que as modelos sejam competitivas. "São poucas que são assim. A maioria se ama", finaliza.
Fonte: Terra