Nacional

Tropa de Choque é acionada para conter rebelião em Pedrinhas

 
Do lado de fora de Pedrinhas, as mulheres de dois detentos afirmaram ao Terra que ouviram, por volta das 13h30, barulhos de tiros e bombas. "Ouvi vários tiros, não deu nem para contar quantos foram. Teve barulho de bombas também", disse uma delas, sem se identificar. “Pelo que ouvi, no mínimo cinco tiros e muitas, muitas, bombas. O pior é que sequer nos dão informações sobre como nossos maridos estão: não sabemos se estão vivos ou não", relatou, também sob anonimato, outra mulher de um preso. 
 
Segundo funcionários do presídio, a rebelião estaria ocorrendo Centro de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ), uma das oito unidades prisionais do complexo. Do lado de fora, funcionários de uma obra em outra unidade disseram ao Terra, sob condição de anonimato, que agentes da penitenciária ordenaram que eles deixassem o local. Apreensivos, familiares dos detentos reclamaram da falta de informações e da impossibilidade de acesso à área.
 
Pouco antes da entrada dos PMs da Tropa de Choque, era possível ouvir gritos vindos do CCPJ. Na última semana, Pedrinhas se tornou o centro de uma das maiores crises de segurança pelas quais já passou o Estado do Maranhão.
 
Entidades de diretos humanos afirmam que presos têm sofrido torturas desde a entrada da Força Nacional de Segurança Pública e da Polícia Militar no local, no final do ano passado. De dentro da cadeia, segundo o governo do Maranhão, teriam partido ordens de ataques em São Luís, comandados por facções infiltradas no complexo.
 
Além dos homens da Tropa de Choque, agentes da Força Nacional de Segurança, armados e com escudos, se posicionaram para entrar no complexo penitenciário.  Ao menos sete viaturas foram colocadas do lado de fora do presídio.
 
O major Alexandre, da PM do Maranhão, comandante da operação, negou à reportagem que esteja havendo rebelião na unidade. "É só uma revista preventiva, mas os presos acabam ficando mais exaltados e gritam, é normal", refutou. Sobre o fato de o Choque ter entrado batendo em escudos, o policial justificou: "é só um efeito intimidador para evitarmos contratempos." 
 
Terra 

Redação

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