O Tribunal do Júri da Comarca de Sorriso (420 km de Cuiabá) condenou três réus a penas que, somadas, totalizam 83 anos de prisão pelo assassinato de Elvis Alves Rosa, ocorrido em abril de 2023. O julgamento, que durou mais de 22 horas, começou na manhã de terça-feira (29) e só foi concluído na manhã desta quarta-feira (30), sob a presidência do juiz Rafael Depra Panichella.
As penas foram atribuídas a Wesley Júnior da Silva (31 anos), Gabriel dos Santos Marques (28 anos) e Talisson Venicius Dias de Oliveira (24 anos).
Segundo a acusação, conduzida pelo promotor de Justiça Luiz Fernando Rossi Pipino, o crime foi motivado por vingança. Os réus acreditavam que a vítima havia furtado entorpecentes e, por isso, planejaram o homicídio. A denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) apontou que o crime foi cometido por motivo torpe e com recurso que dificultou a defesa da vítima.
De acordo com as investigações, no dia do crime, os acusados tentaram invadir a casa de Elvis, sem sucesso. Em seguida, passaram a persegui-lo pelas ruas de Sorriso, atropelaram-no enquanto ele conduzia uma motocicleta com sua companheira na garupa e, logo após, efetuaram diversos disparos de arma de fogo. A ação impediu qualquer possibilidade de reação da vítima.
Além do homicídio qualificado, os três réus também foram condenados por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, já que utilizavam uma pistola calibre 9 mm com numeração raspada. Os jurados acolheram integralmente a tese da acusação apresentada durante o longo julgamento.
O caso gerou grande comoção à época e foi marcado pela brutalidade dos atos praticados. Com a sentença, os réus devem cumprir pena em regime fechado, sem direito a recorrer em liberdade. A condenação reforça o entendimento do Judiciário sobre a gravidade de crimes motivados por vingança e associados ao tráfico de drogas.