Segundo relato dos trabalhadores, parte deles não recebeu nenhum pagamento pelo serviço. Eles alegam que não denunciaram a ilegalidade porque eram coagidos pelo proprietário da construtora. O dono da empresa pediu as carteiras de trabalho dos funcionários, mas as vítimas não sabiam explicar se foram registradas ou se assinaram algum tipo de contrato de trabalho.
“No alojamento coletivo constatamos um cenário insalubre e degradante. Os trabalhadores dormiam no chão em colchões velhos e sujos. O local não tem mesa, cadeiras, geladeira ou bebedouro de água gelada potável, falta papel higiênico, sabonetes e materiais de limpeza", disse o delegado Rogério da Silva Ferreira.
Em depoimentos ao delegado, as vítimas disseram que 'o patrão tem fama de 'sumir' com quem o denunciasse e ele dizia que a polícia não teria coragem de mexer com ele'. Os trabalhadores também entregaram fotos que mostravam alimentos com larvas e que mesmo assim eram preparados para eles. Além dessas condições, os funcionários afirmaram que a empresa ainda se recusava a custear as passagens para retornarem às suas casas.
O advogado da empresa disse que o empresário vai se responsabilizar com o custo das passagens dos trabalhadores. O proprietário deve responder pelo crime de redução de pessoa à condição análoga ao trabalho escravo.
G1
