O empate sem gols na partida entre Cuiabá e Dom Bosco abriu, no último sábado (15), o Campeonato Mato-Grossense Feminino de Futebol. Porém, o destaque não ficou restrito apenas às quatro linhas. A estrutura física do Mini-Estádio do CPA IV e a Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) foram alvos de críticas do técnico Marcus Penna.
Segundo o treinador, os vestiários do complexo estão com vazamento de água e o campo tem má-iluminação e buracos no gramado.
Marcus Penna conta que o futebol feminino em Mato Grosso está retrocedendo dos avanços conquistados pelas profissionais do esporte.
“O futebol feminino de Mato Grosso está caminhando na contramão do mundo. E justamente em meio a Copa do Mundo na França, que busca valorizar as atletas no esporte. É triste que a Federação Mato-grossense de Futebol não tenha o mínimo de respeito por essas mulheres. Temos uma arena de Copa do Mundo que não é utilizada para esses jogos”.
Outro lado
Procurada pelo Circuito Mato Grosso, a FMF rebateu as críticas de Marcus Penna e ressaltou que a responsabilidade pela estrutura física dos mini-estádios são, exclusivamente, das prefeituras municipais e que a mesma “não é responsável pela manutenção de praças esportivas do município”.
Questionada sobre porque a Arena Pantanal não é usada na competição, a FMF respondeu, por meio da assessoria de imprensa, que a escolha do Mini-Estádio do CPA IV foi feita pelo Cuiabá, mandante da partida, e que os clubes não jogam com frequência no maior palco do futebol local devido aos altos custos de operação, o que inviabiliza a realização de determinados jogos.