Esta experiência chegou ao fim. Me preparando para voltar para casa, me lembrei de um trecho de Saramago, ” A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o visitante sentou na areia da praia e disse: Não há mais o que ver, saiba que não era assim. O fim de uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite, com o sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre”
Estou feliz aqui e estou feliz voltando para casa. Todos os dias temos a oportunidade de recomeçar, aprender, ensinar, mas é preciso agir, reservar alguns minutos do dia para se observar e escolher com sabedoria. Este é um dos grandes benefícios da meditação, conseguir se observar e, dessa forma ser capaz de escolher outros caminhos dentro do mesmo caminho. O que precisar ser finalizado, transformado, iniciado ou cultivado? Olhe para as áreas da sua vida: física, lazer, estudos, espiritual, família, amigos, relacionamento íntimo, financeira, emocional e profissional. Este foi um dos grandes presentes desta experiência, ter tido coragem de me olhar. Quem é você? As pessoas te veem como você gostaria de ser visto? Do que você gosta? O que/quem te fortalece ou te enfraquece? Repito sempre, como disse Madre Teresa, “…no final é entre você e Deus, ninguém mais.” A vida é rápida como o vento. Recomece agora. Namastê