Dois membros da comissão de transição do governador eleito Mauro Mendes (DEM) fizeram parte da gestão de governador Pedro Taques (PSDB). A equipe ainda tem empresário e ex-secretário de Silval Barbosa envolvidos em investigação por supostas fraudes, e ex-secretários municipais em Cuiabá ao longo da gestão de Mendes (2013-2016).
A equipe de 11 nomes foi divulgada nesta quarta-feira (24) pelo governador. Alguns deles, chegaram ao cargo estadual após passagem pela administração de Mauro Mendes na capital. É o caso de Francisco Serafim de Barros, ele foi secretário de Planejamento e Finança e com fim do mandato de prefeito do democrata, foi nomeado a adjunto na Sefaz (Secretaria de Fazenda), em fevereiro do ano passado. Barros também tem implicação em ocorrência policial como suspeito de matar um filho, em 2010, supostamente em disputa pelo prêmio de loteria federal.
Mauren Lazzaretti foi secretária-adjunta de Licenciamento Ambiental na Sema (Secretaria de Meio Ambiente) com nomeação feita pelo então vice-governador Carlos Fávaro. A nomeação foi feita em abril de 2016 logo que Fávaro assumiu o comando da pasta. A advogada foi responsável pela padronização de pareceres técnicos de autorização de pedidos de autorização ambiental.
O maior número é de pessoas que participaram da gestão de Mendes na prefeitura; são três. O vereador Gilberto Gomes Figueiredo, eleito em 2016, que já ocupou a cadeira da Secretaria de Educação; Pascoal Santullo Neto, ex-secretário de Fazenda; Marcelo Padeiro de Oliveira, ex-secretário de Obras e ex-chefe da intervenção da prefeitura na agência CAB Cuiabá;
A comissão também integra o empresário Mauro Carvalho Junior, dono da PCH (Pequena Central Hidrelétrica) São Tadeu Energética e investigado na Operação Ararath por suposto recebimento de propina. Ele foi citado em delação premiada do empresário Junior Mendonça. Mendonça diz ter pago R$ 387 mil à PCH a mando do ex-secretário Éder Moraes.
Ainda da época das gestões de Blairo Maggi e Silval Barbosa está no grupo de Mauro Mendes o ex-secretário de Ciência e Tecnologia, Rafael Bello Bastos. Homem forte dentro do MDB, Bello chegou a ser preso pela Polícia Federal por suspeita de participação em fraudes na filial da Funasa (Fundação Nacionalda Saúde) em Mato Grosso.
Margareth Buzetti chegou a lançar candidatura a senadora pelo PP, mas voltou atrás em decisão. Ela está dentro as filiadas a partidos que apoio candidato de sigla diferente. O Partido Progressista articulou aliança com o PR de Wellington Fagundes.