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Tradutor de latidos: acessório converte pensamento de cães em palavras

 
O grupo de escandinavos responsáveis pela ideia já conseguiu US$ 4.315 em doações, dos US$ 10 mil iniciais que buscam de investimento. O gadget já funciona em inglês, e o grupo trabalha para que o projeto funcione também em mandarim, francês e espanhol. 
 
O conceito do "No More Woof" surpreende pela aparente simplicidade estética. Apesar de se parecer com um fone de ouvido para games, o gadget usa a mais recente tecnologia em microinformática para fazer um eletroencefalograma. É por meio desta técnica que o aparelho consegue analisar os padrões de pensamento dos animais e traduzir em linguagem humana. Dentre os sentimentos já traduzidos, frases curtas como "estou com fome", "estou cansado", "estou curioso, quem é esse?" e "quero fazer xixi" são emitidas por um alto-falante, próximo a boca do cão.
 
Tomas Mazetti, o desenvolvedor chefe do projeto, ressalta o prazer da equipe com o experimento: "Amamos o fato de que o maior pico de atividade cerebral que um cão demonstra é quando ele olha para um rosto humano tentando reconhecer quem é". E conta, ainda, que durante os testes, os sentimentos mais observados foram cansaço, fome e medo.
 
O design ainda não está pronto: frágil, o leitor é preso à cabeça dos animais mas ainda pode acabar voando longe e sofrendo quedas bruscas, caso algum cão se agite ou se sacuda. Mas o engenheiro de desenvolvimento do "No More Woof", Eric Calderon, adianta que a equipe já testa conectar o produto na coleira dos cães para torná-lo mais adequado ao uso doméstico. 
 
Na opinião de seus criadores, o acessório complementa a comunicação dos donos e seus animais e pode ganhar um uso ainda mais nobre em um futuro próximo. Perguntados se pensam em usar a invenção em cães de rua, o time mostra empolgação: "Acho que seria uma maneira de as pessoas verem estes pobres cães como criaturas com sentimentos e, com isso, deixá-las mais dispostas a ajudá-los. É um uso interessante", diz a gerente Maria de La Croix.
 
Questionada sobre se acredita no potencial do produto se tornar essencial em todas as casas com cães, Maria demonstra esperança: "Bem, nós podemos sonhar, mas é um longo caminho a percorrer. É claro, a tecnologia em todas as áreas tem mudado tão rapidamente que o que era ficção científica há alguns anos, hoje está a venda às massas. Nossa maior esperança é inspirar outros cientistas a prosseguir este bem".
 
A expectativa é de que os gadgets comecem a ser entregues aos primeiros investidores já em 2014.
 
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Redação

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