Atualmente o salário dos profissionais (pedreiro, carpinteiro, amador) da construção civil em Mato Grosso é de R$ 1.003,20 e de servente/ajudante é de no máximo R$ 743,60. Com o reajuste de 17% proposto pelos profissionais esse piso passaria para R$ 1.173,74 (profissional) e R$ 870,00 (servente).
O Sindicato da Construção Civil (Sinduscon-MT), por sua vez, durante uma primeira rodada de negociação, apresentou uma proposta de piso salarial de R$ 1.073,65 (profissional) e R$ 797,14 (servente), o que representaria um reajuste de 7%. “Esta proposta é ridícula. Os profissionais não estão recebendo salários dignos”, classificou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil em Cuiabá (SINTRAICCM), Joaquim Santana.
Ainda segundo Santana, quando comparado a outros estados, Mato Grosso chega a ter um piso salarial com até 54% de defasagem. “No Rio de Janeiro, por exemplo, o piso é de R$1.540,00. Queremos a valorização dos profissionais”, declarou o sindicalista.
Benefícios – Além do reajuste salarial, os profissionais reivindicam redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas/semanais, aumento do pagamento por hora extra, plano de saúde e cesta básica para os trabalhadores. “São benefícios oferecidos em outros estados e que não acontecem aqui em Mato Grosso”, argumentou o presidente da Fetiemt, Ronei de Lima.
Lima explicou ainda que a categoria deverá aguardar uma nova rodada de negociações com o sindicato patronal e caso as reivindicações não sejam atendidas, será deflagrado um movimento grevista em todo o setor da construção civil de Mato Grosso.
Segundo dados do SINTRAICCM existem em toda Baixada Cuiabana aproximadamente 30 mil trabalhadores na construção civil.
Obras da Copa – Uma greve no setor poderá inclusive, acarretar em atrasos em algumas obras da Copa, como é o caso da Arena Pantanal, dos Centros de Treinamento e de algumas obras no Aeroporto Marechal Rondon. Além disso, empreendimentos em outras cidades do Estado também poderão ser afetados.
Camila Ribeiro – Da Redação