Cidades

Trabalhadores do Samu pedem socorro

Na semana passada, trabalhadores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) se reuniram com ativistas do Movimento em Defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) para discutir a situação pelas quais os funcionários estão passando e que vem afetando a qualidade da assistência prestada ao usuário.

A partir da entrada de novos gestores, foram adotadas novas normas que contrariam portarias ministeriais, como, por exemplo, a desativação do Núcleo de Educação Permanente (NEP) e do serviço das Motolâncias – Grupo Motorizado de Atendimento às Urgências (GMAU). Este último, apesar de suspenso, não foi notificado ao Ministério da Saúde. A medida poderá acarretar em cortes de verbas.

Para a presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed-MT), Eliana Siqueira, o fim do serviço e o consequente corte de recursos representam o sucateamento ainda maior do SAMU. “Os relatos dos profissionais são de que faltam desde medicação para o atendimento, até insumos básicos para a manutenção da vida como tubos oro-traqueais, para intubação do paciente grave até balas de oxigênio portátil para ressuscitação em parada cardio-respiratória”, destacou.

Os profissionais ainda reclamam de assédio moral. “Eles relatam que têm sido humilhados, ameaçados, transferidos de unidades e até exonerados sem justificativas técnicas, causando transtornos ao serviço que preza por alto grau de reconhecimento junto à população”, revelou Eliana.

Diante disso, os trabalhadores decidiram fazer um abaixo assinado, que será entregue nesta segunda-feira (09), à Comissão de Ética da Secretaria de Estado de Saúde (SES), ao Ministério Público e outros. Na ocasião, uma Comissão eleita pelos trabalhadores será recebida pelo secretário Eduardo Bermudez, juntamente com o Sindicato da categoria, a fim de discutir sobre os problemas apresentados.

Ainda nesta segunda às 19h, haverá nova reunião com todos os trabalhadores do SAMU e o Movimento em Defesa do SUS, para tomar conhecimento das propostas apresentadas, além de deliberar sobre os próximos passos conjuntos que trabalhadores e a sociedade civil organizada tomarão para proteger os “anjos azuis”.(Com assessoria)

 

Catia Alves

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