Os profissionais paralisaram as atividades sob alegações de irregularidades trabalhistas, bem como precariedade no canteiro de obras. A empresa, por sua vez, solicitou prazo até a próxima quarta (14) para regularizar a situação trabalhista e atender às demandas de melhoria no canteiro de obras.
Entre as reclamações trabalhistas, está a falta de depósito do FGTS e do INSS, o não pagamento de horas extras, do percentual sobre a produção (valor pago além do salário com base em metas de produtividade definidas pela empresa) e do adicional de periculosidade.
Além disso, existem queixas em relação à má qualidade de alimentação servida no local. Todas as denúncias foram formalizadas junto ao Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil (SINTRAICCCM) na manhã de hoje.
“O descontentamento é geral, todos têm reclamação a fazer. Esta obra sempre apresentou problemas trabalhistas, com pequenas paralisações, mas nunca tinha acontecido uma greve deste porte”, alegou o presidente do Sindicato, Joaquim Santana.
Segundo ele, o sindicato irá encaminhar a ata da reunião para a diretoria da Engeglobal, Secopa, Ministério Público do Trabalho (MPT-MT) e Superintendência Regional de Trabalho e Emprego (SRTE), solicitando as devidas providências.
Os trabalhadores alegam que a greve será retomada caso a empresa não cumpra o que ficou acordado.
Outro Lado
A reportagem tentou entrar em contato com o empresário Pedro Moreira, um dos sócios da Engeglobal. Ele no entanto, disse que estava viajando e nos solicitou que entrássemos em contato com outro representante da empresa, Marcos Dias. Novamente a reportagem tentou contato, mas as ligações foram dirigidas à caixa de mensagens.
Já a Secopa disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que acompanha o caso, mas não pode interferir em negociações internas da Engeglobal. A Secretaria alegou ainda, que exigiu que a empresa resolva a pendências administrativas o mais breve possível.
A obra tem prazo de entrega para o final deste mês.