Cidades

Trabalhadores de Mato Grosso cruzam os braços por 24 horas

Lideranças sindicais de Mato Grosso se reuniram na Praça Ipiranga, no Centro de Cuiabá, na manhã desta sexta-feira (29) em adesão a manifestação nacional contra o Projeto de Lei que trata das questões da terceirização e as medidas provisórias 664 e 665 que endurecem direitos trabalhistas. Os Sindicatos estaduais também protestam contra o parcelamento da recomposição salarial imposta pela Secretaria de Gestão do Estado.

A paralização dos órgãos será de 24 horas e têm o objetivo de alertar a população e forçar o governo a recuar diante as medidas, que segundo eles, vão precárisar os direitos do trabalhador. CUT (Central Única do Trabalhador), Sinetran (Sindicato dos trabalhadores do Detran), Adunemat (Sindicatos dos servidores da Universidade de Mato Grosso), Sinasefe (Sindicato dos trabalhadores do Instituto Federal de Educação – IFMT), Adufmat (Associação dos Docentes da UFMT), Intersindical (Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora) marcaram presença no protesto.

CUT-MT

Segundo o presidente da CUT-MT, João Luiz Dourado, aprovação das MPs e da PL da terceirização é um retrocesso nas conquistas trabalhistas das últimas décadas. “Eles querem que o trabalhador pague a conta do empresariado, com o endurecimento da concessão de benefícios como o seguro-desemprego e aposentadoria. Além disso a terceirização vem de encontro com todas as lutas trabalhistas dos sindicatos no país”, disse.

Hoje (29) a tarde haverá nova concentração será na Praça Ulisses Guimarães, na Avenida do CPA, às 14h e os manifestantes seguirão em caminhada pelo Centro Político Administrativo.

Sinasefe-MT

Assim como ele o presidente do Sinasefe, Roni Rodrigues da Silva, também tenta mobilizar os trabalhadores e a sociedade para protestar contra as medidas. “Não podemos deixar que aprovem leis e medidas provisórias que praticamente rasgam os direitos dos trabalhadores”, comentou.

Além disso ele também está mobilizando a categoria do IFMT, para uma possível greve no final de junho. “Queremos a nossa recomposição salarial, mais recursos para a educação técnica e restruturação da nossa carreira. Já estamos programando uma assembleia geral, para tratar desses assuntos com nossa base”, anunciou.

Adunemat

Enquanto isso o presidente da Adunemat, Leonir Boff, repudiou a atitude do Secretário de Gestão do Estado, Júlio Modesto, por impor um parcelamento da recomposição salarial do funcionalismo público de Mato Grosso. “Nós estamos parados desde segunda-feira (25) e não vamos abrir mão da recomposição salarial integramente em maio [data-base]. O que o governador Pedro Taques está fazendo é contrariar a lei federal e estadual de pagamento do RGA”, alegou.

O presidente da Adunemat já marcou uma assembleia com a categoria na próxima segunda-feira (1º de junho), onde irá discutir as próximas ações que eles tomarão diante a negativa do governador. “Nós estamos tentando dialogar com o estado , mas a agenda está sendo dificultada. Queremos o que é nosso de direito e não podemos abrir procedentes para futuros parcelamentos”, finalizou.

Sinetran

A Presidente do Sinetran, Daiane Renner também engrossou o coro dos manifestantes e disse que o Governo estadual está dificultando a comunicação. “Nós rejeitamos essa imposição do governador, estamos cobrando o que está na lei e não abrimos mão da recomposição salarial de forma integral”, disse Daiane. O sindicato também já marcou uma assembleia geral com a sua base, no dia 8 de junho.  

Ulisses Lalio

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