Corintianos, palmeirenses, santistas e são-paulinos se juntam a torcedores da Portuguesa na manifestação "contra o tapetão". Até simpatizantes do Juventus e do Barueri se juntaram ao grupo.
O único momento de tensão foi quando uma camisa da seleção brasileira e outra do Fluminense foram queimadas por torcedores mais exaltados. Isso aconteceu ainda na concentração no vão do Masp. Mas logo esse foco de revolta foi dispersado pelos próprios organizadores do protesto, na base do diálogo, e a manifestação seguiu de forma pacífica pela Avenida Paulista. As camisas queimadas foram recolhidas rapidamente. Os líderes do grupo lamentaram a atitude desses torcedores isolados e ressaltaram que a ideia da manifestação era chamar a atenção para o caso de forma pacífica.
Acompanhados de perto pela Polícia Militar, os manifestantes fecharam três faixas da Avenida Paulista, deixando só uma para os carros. O deputado estadual Fernando Capez, promotor de Justiça licenciado, fez parte da manifestação e ajudou a carregar uma faixa pedindo para a Fifa "combater a corrupção no futebol".
O cantor português Roberto Leal e o maestro João Carlos Martins, torcedores mais ilustres da Lusa, também participaram.
Os gritos entoados pelos torcedores foram:
– Ão, ão, ão, diga não ao tapetão!
– Não é mole, não! Caiu no campo e quer subir no tapetão!
– Se o tapetão rolar, olê, olê, olá… a Copa vai parar!
Os torcedores lembraram ainda o movimento Bom Senso FC e, por alguns segundos, se sentaram no asfalto.
Depois de chegarem à Rua da Consolação, os torcedores deram meia-volta e tomaram a Avenida Paulista no sentido contrário, o do bairro do Paraíso. Segundo eles, haverá outro protesto no sábado que vem, caso o rebaixamento seja confirmado no novo julgamento, sexta-feira, no pleno do STJD.
GloboEsporte