Os turistas, principalmente, gostam de levar a cachaça para as suas cidades. Por isso, ela capricha nas embalagens, que têm como símbolo o chapéu de Lampião, o sol e a caatinga, vegetação típica da região semiárida nordestina. Além da cachaça, Josélia vende licores que ela mesma produz e, entre os mais vendidos, estão os de umbu, cajá, jaboticaba e jenipapo.
A poucos metros do Parque do Povo, local onde acontece o Maior São João do Mundo, os adeptos da cachaça têm a opção de degustar mais de 600 tipos, entre industrializadas e artesanais, na Cachaçaria da Rose. "Nesta época do ano, em que o frio aumenta, a cachaça ajuda a esquentar a temperatura do corpo e as vendas aumentam", explica a proprietária da cachaçaria, Roseane Gomes, responsável pela fabricação artesanal da bebida. Entre as cachaças que mais chamam atenção, diz ela, estão a absinto, que é uma das mais exóticas, e a xixichuá, originária de Manaus, que é afrodisíaca. A mais vendida, no entanto, é a cachaça de coco queimado.
Na Cachaçaria da Rose, a bebida está dividida por categorias: medicinais, amadeiradas, amargas, exóticas, de frutas, sementes e doces, além dos licores de cachaça. Já dentro da área do Parque do Povo, na Vila Nova da Rainha, que reproduz as casas da vila que antecedeu Campina Grande, não poderia faltar um espaço reservado para a cachaça, e com um nome curioso: "Dona Encrenca", como alguns homens costumam chamar a esposa.
A proprietária da Dona Encrenca, Eliane Juliete Cunha, fez questão de decorar o ambiente com um pequeno alambique e palha de cana-de-açúcar espalhados pelo chão. No local, ela comercializa a cachaça que produz no engenho do qual é proprietária, na cidade de Alagoa Nova, também na região do Brejo paraibano, e oferece duas opções aos consumidores: a cachaça pura ou com mel de rapadura.
Fonte: Terra / PrimaPagina
Foto: Julio Cezar Peres / PrimaPagina