Logo após a morte de Bruna teve início uma batalha judicial entre os avós maternos brasileiros e o pai biológico americano pela guarda de Sean, que, na época, vivia havia cinco anos no Brasil. O caso ganhou repercussão internacional. Ao se separar de David Goldman, nos Estados Unidos, Bruna voltou para o Brasil com o menino sem a autorização do pai. Sean, que atualmente vive nos Estados Unidos com David, não tem contato com o lado materno da família.
O advogado Ary Bergher, que defende o médico Nadir Farah, afirmou que vai recorrer da decisão. Ele afirmou que seu cliente não teve responsabilidade pela morte da estilista.
Vamos apelar pela reformulação total da sentença. Ela tem uma série de erros. A dosimetria [cálculo] da pena não tem sentido. Os médicos não tiveram responsabilidade alguma na morte da Bruna. Eles fizeram tudo o que era possível para salvá-la. Não tenho dúvidas de que vou conseguir essa reformulação, disse o advogado.
O advogado que defende a médica Izabel Nogueira não foi localizado pelo G1, assim como o promotor José Mauro Couto de Assis, para comentar a decisão judicial.
De acordo com a sentença publicada em março deste ano, dos cinco profissionais acusados de negligência e imperícia na morte da estilista, dois tiveram o processo extinto e um foi absolvido.
Já Farah e Izabel foram inicialmente condenados a três anos e quatro meses de detenção. Mas com base nas idades avançadas dos réus, que inviabiliza a prestação de serviços, a juíza diz na sentença que as punições serão convertidas em duas penas pecuniárias que somam 400 salários mínimos para cada um dos réus. Os médicos também terão de arcar com os custos processuais.
A sentença foi remetida no dia 8 de abril para os réus e para o Ministério Público, que também poderá recorrer da decisão. As duas partes têm prazo de 15 dias, a partir da remessa, para apresentar suas razões para entrar com recurso.
G1