Épico, marcante, histórico. São adjetivos que podem definir a partida deste sábado (23), entre Flamengo e River Plate (ARG), válida pela final da Copa Libertadores da América. A decisão, que consagrou a equipe carioca campeã do torneio, fez milhões de torcedores (contra e a favor do time rubro negro) em todo o Brasil pararem o país para acompanhar o jogo.
Em Cuiabá, não foi diferente. As ruas e avenidas tiveram seus fluxos alterados por volta das 16h (horário do apito inicial do confronto); bem diferente do ritmo habitual do fim de semana. Mas, a calmaria das pistas se contrastava com a intensa movimentação dos bares, restaurantes e, até mesmo, a Arena Pantanal, na Capital, onde torcedores se reuniram para apoiar (ou secar) o clube mais popular do país.
O jogo
Flamengo e River Plate se enfrentaram diante de 60 mil espectadores no Estádio Universitário, em Lima, capital do Peru. A equipe argentina, até então atual campeã do certame, teve a vantagem no placar na maior parte do jogo, mas acabou levando a virada a cinco minutos do final e deixou escapar a sua quinta conquista continental.
Os Millonarios abriram o marcador aos 13 minutos do primeiro tempo. Santos Borré aproveitou cruzamento do lado direito e acertou o contrapé do goleiro flamenguista.
Mais tranquilos com a superioridade no escore, os argentinos jogaram melhor na segunda etapa e só permitiram uma chance clara de gol ao time rubro negro.
Porém, aos 42 minutos do segundo tempo, o uruguaio De Arrascaeta aproveitou um bom passe de Bruno Henrique e deixou Gabriel Barbosa, o Gabigol, na cara da baliza para empatar o jogo.
Cinco minutos depois, já nos acréscimos, Diego lançou Gabigol em profundidade. O atacante levou a melhor contra dois zagueiros e chutou forte de perna esquerda para o fundo das redes, decretando o título para o Flamengo, o segundo em sua história.
Emoção
O locutor e gerente de restaurante Talyson Bueno, de 26 anos, disse, ao Circuito Mato Grosso, que a final da Libertadores 2019 foi o jogo mais emocionante que já assistiu na vida. O nervosismo, segundo ele, se dava em razão dos últimos resultados obtidos pelo time do coração nas competições disputadas.
“Na hora que o River fez o gol, passou um filme dos últimos anos, das últimas finais que o Flamengo havia perdido. Parecia que nada dava certo para nós e que tudo dava certo pra eles. Mas, mesmo assim, eu continuava confiando”, relembra Talyson.
Para o empresário Hugo Ferreira, a tensão de voltar a disputar uma decisão da principal competição entre clubes da América do Sul, quase 40 anos depois da primeira e única vez (em 1981), pode ter deixado o time nervoso no início. No entanto, ele enfatizou o espírito de luta dos atletas para reverter a desvantagem.
“Ficar 38 anos sem disputar uma final de Libertadores para um clube tão importante como é o Flamengo é uma eternidade. Nenhum jogador do time havia jogado uma partida tão importante como essa e, ainda por cima, o adversário tinha uma equipe excelente, acostumada a esse tipo de jogo e extremamente vitoriosa. Mas, prevaleceu a nossa garra e entrega para mudar a história. Isso aqui é Flamengo!”, comemorou.
A boa temporada feita pelo clube carioca pode resultar em quatro títulos conquistados, incluindo o Campeonato Mundial de Clubes, que será realizado no Catar, em dezembro. O caminhoneiro Marcos Lemos destacou que além do torneio regional e do nacional (no qual o time precisa de apenas uma vitória para levar o caneco), o objetivo do time é conquistar o planeta. “Vamos colorir o mundo de vermelho e preto”, garante.
Audiência
O jogo da final da Libertadores representou recorde de audiência para a Rede Globo, sendo maior que a da transmissão das 4 últimas finais de Copa do Mundo. Os dados prévios do Ibope foram divulgados pelo blog do jornalista Lauro Jardim, do O Globo. As médias consolidadas serão divulgadas na segunda-feira (25). (Com informações de O Globo)
