O estado do Texas, nos Estados Unidos, anunciou seu primeiro caso de zika autóctone, tornando-se o segundo estado do país – depois da Flórida – a afirmar que provavelmente tem mosquitos vetores desse vírus, que pode causar más-formações em fetos de mulheres infectadas, como a microcefalia.
A paciente é uma mulher que não está grávida e que não viajou recentemente para nenhuma região onde o vírus está difundido, de acordo com um comunicado do Departamento de Serviços de Saúde do estado do Texas, informa a agência de notícias France Presse.
O caso é considerado "provavelmente" resultado de transmissão local, até que as autoridades encontrem evidências de mosquitos portadores do vírus.
A mulher recebeu "a confirmação na semana passada, por teste de laboratório, de ter sido infectada", disse o comunicado.
Autoridades de Saúde do Texas disseram que não há outros casos de suspeita de transmissão local neste momento, mas se comprometeram a continuar a vigilância.
A Flórida foi o primeiro estado americano a reportar a propagação local do zika, cujo surto no ano passado afetou principalmente a América Latina e o Caribe. O estado registrou 238 casos até a semana passada.
Transmissão por mosquito X transmissão sexual
O zika é transmitido na maioria das vezes pela picada de mosquitos e, em alguns casos, por contato sexual. Em geral, a doença provoca sintomas brandos, e muitas vezes passa despercebida.
O vírus pode provocar, porém, transtornos neurológicos, como a síndrome de Guillain-Barré, ou malformações congênitas graves e irreversíveis, como a microcefalia, que se caracteriza por um desenvolvimento insuficiente do cérebro, em fetos de mulheres que foram infectadas pelo vírus durante a gravidez.
Fonte: G1