A testosterona é um hormônio considerado “masculino”, já que sua concentração no corpo do homem é 20 a 30 vezes maior do que no corpo feminino. No entanto, pouco é dito sobre a importância da testosterona para a mulher. Todas as mulheres produzem esse hormônio e, quando está em seus níveis ideais, é um importante componente regulador das funções biológicas do organismo. Acontece que diversos fatores do cotidiano prejudicam a sua produção. Por isso, é fundamental prestar atenção aos sintomas.
A mulher pode desconfiar do aumento da testosterona na corrente sanguínea quando apresentam sinais ou sintomas como o aumento de pêlos corporais, inclusive com crescimento de pêlos no rosto e no peito, ausência de menstruação ou menstruação irregular, pele oleosa e aumento da acne, abortos espontâneos, queda de cabelo semelhante a calvície dos homens, mudança na voz, ficando mais grave, diminuição da mama, aumento do clitóris, alterações da ovulação, o que pode resultar em infertilidade. A produção excessiva de testosterona pelos ovários femininos pode ser consequência da Síndrome dos Ovários Policísticos, câncer ovariano ou hiperplasia adrenal congênita, por exemplo.
Já a redução nos níveis de testosterona pode indicar menopausa precoce levando ao baixo desejo sexual. A síndrome da deficiência androgênica e a falência ovariana, normalmente justificam a queda da testosterona na mulher. Os sintomas da baixa de testosterona nas mulheres incluem a depressão e ansiedade, diminuição da libido e junto com ela pode acontecer a secura vaginal, o que torna a relação sexual mais difícil e dolorosa, anorgasmia (dificuldade em obter prazer no sexo), perda de massa muscular e o aumento repentino de gordura corporal, osteoporose, irregularidades menstruais e queda de cabelo.
O tratamento para reduzir os níveis de testosterona na mulher pode incluir a diminuição ou interrupção da suplementação de testosterona, ou pode ser feito com a suplementação de hormônios femininos como o estrogênio para equilibrar os níveis hormonais na mulher. Uma boa opção é a pílula anticoncepcional, pois ajuda a diminuir os níveis de testosterona no sangue. Também é possível diminuir esse hormônio de forma natural, tomando chá verde diariamente e adotando alimentos integrais e diminuindo o consumo de carboidratos e oleaginosas como arroz, macarrão, batata, pão branco e castanhas. Fazer exercícios regularmente e diminuir o stress diário também é importante para regular os hormônios femininos sem ter que recorrer a medicamentos.
No caso de níveis reduzidos de testosterona é possível aumentar naturalmente a testosterona na mulher com o aumento no consumo de alimentos ricos em zinco, vitamina A e D, como castanhas, sementes de girassol, ovos, sardinha, espinafre e óleo de peixe, por exemplo, e evitar o consumo de alimentos ricos em açúcar e soja, pois podem interferir na produção de testosterona. Além disso, é importante evitar o estresse e investir em momentos para relaxar e na prática de exercícios. O ideal é praticar algum exercício físico que goste pelo menos 2 vezes por semana durante 1 hora, ou diariamente durante 30 minutos. Se mesmo assim os níveis permanecerem baixos, existe a possibilidade de optarmos por testosterona injetável, comprimidos, adesivo ou gel.
Lembrando sempre da importância de buscar orientação do seu médico e evitar a automedicação. Ótima semana a todos.