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Tesouro confirma emissão de US$ 2,750 bilhões em bonds de 5 e 10 anos

O Tesouro Nacional captou US$ 2,750 bilhões com emissão de bonds de cinco anos e a reabertura de emissão de bonds de dez anos, como antecipou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado). A informação foi confirmada nesta quarta-feira, 4, pelo órgão, em nota divulgada à imprensa.

O governo brasileiro emitiu US$ 1,5 bilhão em papéis de 5 anos, oferecendo retorno ao investidor de 5,68% ao ano, que corresponde a um spread de 175,5 pontos-base acima da Treasury de referência (título do Tesouro norte-americano). Segundo o Tesouro, o prêmio de risco está próximo às mínimas históricas, refletindo a percepção favorável do mercado internacional quanto à credibilidade do país.

Esse título tem vencimento em 6 de novembro de 2030, com cupom de juros de 5,5% a.a., cujo pagamento semestral será realizado a cada dia 6 dos meses de maio e novembro.

Já na reabertura dos bonds de 10 anos, o Tesouro emitiu US$ 1,25 bilhão, pagando retorno ao investidor de 6,73%. Com essa emissão, o Tesouro ampliou em 50% o montante originalmente emitido, totalizando US$ 3,75 bilhões em circulação. Este título possui cupom de juros de 6,625% a.a., cujo pagamento semestral é realizado a cada dia 15 dos meses de março e setembro.

A emissão foi realizada ao preço de 99,237% do seu valor de face, que corresponde a um spread de 237,5 pontos-base acima da Treasury de referência (título do Tesouro norte-americano). “A forte demanda pela reemissão do título lançado há apenas quatro meses evidencia a confiança dos investidores na robustez e atratividade da dívida soberana brasileira”, diz o órgão.

Segundo o Tesouro, a emissão atraiu interesse significativo de investidores, com um ápice de 240 ordens no livro de ofertas. A demanda superou em cerca de quatro vezes o volume emitido, a maior relação nos últimos 7 anos, com o livro de ordens atingindo cerca de US$ 10,9 bilhões em seu pico.

A alocação final contou com expressiva participação investidores não residentes, sendo cerca de 87% oriundos da Europa e da América do Norte. A América Latina, incluindo o Brasil, respondeu por 11,6%.

De acordo com o órgão, a emissão reforça o importante papel da dívida externa para o alongamento do prazo médio da dívida, diversificação e ampliação da base de investidores. “Adicionalmente, corrobora o papel da Dívida Pública Federal externa no estabelecimento de benchmarks líquidos e na curva de juros soberana, como referência para futuras emissões de empresas brasileiras no exterior”, diz a nota.

Já a emissão de um título com vencimento em 5 anos, na avaliação do órgão, contribui para “a redução do custo de financiamento e fortalece um ponto estratégico da curva, frequentemente utilizado como referência por emissores corporativos”. A última vez que o Tesouro fez uma emissão de cinco anos foi em 2020, com os Globals 2025 – a abertura se deu em junho daquele ano e a reabertura, em dezembro. As demais captações passam de vencimentos de oito anos, com a grande maioria delas com prazo de 10 anos.

A operação foi liderada pelos bancos BNP Paribas, Citigroup e Santander. A liquidação financeira ocorrerá em 11 de junho de 2025.

Estadão Conteudo

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