Internacional

Terroristas ainda mantêm reféns vivos em shopping no Quênia

 
"Há um número incontável de mortos ainda espalhados dentro do shopping, e os mujahedins (combatentes) ainda mantêm posição no #Westgate", disse o grupo em sua conta no Twitter (@HSM_PR). "Os reféns que estão sendo mantidos pelos mujahedins dentro do #Westgate ainda estão vivos, parecendo bem desconcertados, mas, ainda assim, vivos". 
 
A polícia queniana anunciou nesta terça-feira que estava desativando explosivos colocados pelos islamitas no interior do edifício. "Estamos desativando explosivos colocados pelos terroristas", declarou a polícia em uma mensagem publicada no Twitter, sem fornecer mais detalhes.
 
Um membro das forças especiais quenianas que participou dos combates afirmou que a intervenção era dificultada pelo fato de os criminosos se esconderem nas lojas do centro comercial. Os terroristas "queimaram colchões para desviar a atenção e tentaram fugir", disse o chefe do Exército do Quênia, o general Julius Waweru Karangi.
 
Karangi também informou que os criminosos eram de "diferentes nacionalidades". Muitos combatentes estrangeiros, incluindo somalis com dupla nacionalidade, são membros do grupo Al-Shabab. Entre os criminosos, há dois ou três americanos e uma britânica, informou, por sua vez, a ministra queniana das Relações Exteriores, Amina Mohamed.
 
A britânica – que segundo a ministra teria participado em muitas ocasiões de ações armadas – foi identificada pela polícia como Samantha Lewthwaite, viúva de um dos terroristas suicidas dos atentados de 7 de julho de 2005 em Londres.
 
Já os americanos seriam "homens jovens, de 18 e 19 anos, de origem somali ou árabe, mas que vivem nos Estados Unidos, em Minnesota e em outro local", acrescentou a ministra em declarações à rede de televisão americana PBS.
 
No entanto, representantes da Al-Shabab negaram que cidadãos americanos e britânicos estariam entre os militantes que atacaram o shopping. "Nos comunicamos com nossos mujahedins no Westgate e eles nos disseram que o conflito acabou de recomeçar", disse um representante do Al Shabab à Reuters. "Aqueles que descrevem os agressores como americanos ou britânicos são pessoas que não sabem o que está acontecendo no prédio do Westgate."
 
No quarto dia de tensão nos arredores do centro comercial, onde ao menos 62 pessoas morreram, tiros e explosões puderam ser ouvidos vindos do interior do edifício, por volta das 6h30 no horário local (0h30 de Brasília) desta terça-feira, segundo informações da agência AP.
 
A AP afirmou, ainda, que um corpo foi visto sendo retirado do prédio, coberto em chamas. A versão oficial é que a "maioria" dos reféns foram libertados, porém cerca de dez ainda estariam em poder dos terroristas.
 
O ataque foi reivindicado pelo grupo Al-Shabab, em represália pela intervenção militar queniana na Somália, lançada no fim de 2011. (Com informações das agências internacionais)
 
Terra

Redação

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