A tenente do Corpo de Bombeiros, Izadora Ledur de Souza Dechamps, poderá ser promovida a capitã no primeiro semestre deste ano, segundo lista de promoção de oficiais de Mato Grosso. Ela é acusada da morte do aluno Rodrigo Claro, 21.
De acordo com a portaria nº 150/BM-1/2020, assinada pelo comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Alessandro Borges Fereira, nesta quinta-feira (30), constam 26 anos de oficiais que deverão comparecer na diretoria de saúde/ambulatório central da Polícia Militar de Mato Grosso para inspeção de saúde.
Dentre o nome dos oficiais, está o de Izadora Ledur. O exame será realizado na próxima segunda-feira (4). A inspeção de saúde é fator obrigatório para ascensão hierárquica na carreira militar.
A reportagem do Gazeta Digital tentou contato com a Corregedoria do Corpo de Bombeiros, mas até o fechamento desta matéria, não obteve resposta.
Em julho de 2019, Ledur perdeu a promoção por “quesito moral”. É a quarta vez que Ledur entra na lista almejando a ascensão de cargo para capitã. As outras tentativas ocorreram mesmo com ela estando afastada por atestados de saúde.
Apesar de ter sido aprovada nas etapas de saúde e condicionamento físico, Izadora não preencheu a última etapa, que é a análise de conceito moral.
O caso
Rodrigo Claro morreu no dia 15 de novembro de 2016 após participar de treinamento e atividades aquáticas, pelo 16º Curso de Formação de Soldado Bombeiro do Estado de Mato Grosso. Segundo denúncia do Ministério Público, a vítima foi submetida a sessões de afogamento durante a travessia na lagoa, sob o comando da tenente Ledur, o que resultou na morte.
Ledur responde também processo criminal, por tortura com resultado morte, na Justiça Militar.
A tenente ficou mais de 700 dias de licença médica após a morte do aluno. Voltou recentemente para a corporação e tenta a promoção para capitã.
