Política

Tenente-coronel é afastado por liberar saída de Lesco para ir à farmácia

O comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Wendel Soares Sodré, foi afastado do cargo na tarde desta quarta-feira (04), depois de prestar depoimento na sede da corregedoria da PM, explicando o motivo de ter liberado o coronel Evandro Alexandre Ferraz Lesco, detido no batalhão, para comprar produtos de higiene pessoal em uma farmácia do bairro CPA IV em Cuiabá (MT).

Lesco está detido desde o último dia 27 de setembro e foi flagrado nesta manhã em uma farmácia do referido bairro. Por ser comandante da unidade, Sodré foi convidado a depor e explicar a conduta aos corregedores da PM.

O tenente-coronel, alegou ao Circuito Mato Grosso que está "tranquilo", que não irá recorrer da decisão de afastamento e vai responder à sindicância e provar que "não fez nada de errado". Segundo o comandante da unidade, Lesco faz uso de tornozeleira, e não tem como fazer nada sem que a polícia saiba.

O coronel Lesco é monitorado por policiais civis, que estão a frente das investigações, na operação Esdras que prendeu além do coronel da Polícia Militar, também a sua esposa Helen Christy Lesco, o ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, coronel Airton Siqueira e o secretário de Segurança afastado, Rogers Jarbas.

Operação Esdras

A Operação Esdras, deflagrada no dia 27 de setembro pela Polícia Civil, tinha o objetivo de desarticular um grupo acusado de montar uma estratégia para atrapalhar as investigações relacionadas aos esquema de grampos ilegais no Estado e obter informações que pudessem comprometer o relator do processo no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Orlando Perri, para afastá-lo do caso.

Os mandados foram autorizados pelo desembargador Orlando Perri, a pedido da delegada responsável pelo inquérito, Ana Cristina Feldner, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).

Foram presos ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, coronel Airton Siqueira, secretário de Segurança afastado, Rogers Jarbas, e o ex-secretário da Casa Militar, Evandro Lesco.

Outros dois militares também alvos do mandado de prisão preventiva, o sargento João Ricardo Soler e major Michel Ferronato, a mulher de Lesco, Helen Christy Carvalho Dias Lesco, e o empresário José Marilson da Silva, ex-dono da empresa Simples IP que fornecia sistema de segurança sentinela ao Governo.

Ao todo foram oito mandados de prisão,  uma condução coercitiva, uma fixação de medidas restritivas e 16 de busca e apreensão.

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