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Tendência para o consumo entre cuiabanos continua em queda em 2025, indica Fecomércio-MT

Pelo quarto mês seguido, a pesquisa que monitora a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em Cuiabá registra retração, dessa vez, variando -2,1% em março sobre o mês imediatamente anterior e atingindo 108,9 pontos. Os três primeiros meses de 2025 já mostram uma queda de 4,5%, segundo levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). No entanto, a avaliação anual ainda é positiva, permanecendo apenas 0,7 ponto acima do verificado em março de 2024.

Conforme análise o Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), o cenário econômico nacional e local apresenta tendências de queda no consumo, o que pode impactar o comércio. O índice nacional apresentou queda não tão acentuada quanto a cuiabana, indo de 104,5 pontos em fevereiro para 102,7 pontos em março, redução de -1,4%.

Para o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, o crescimento no índice que avalia a Perspectiva Profissional contribui para retomada de crescimento da pesquisa, que costuma recuar no início do ano. “Mesmo com um declínio mais acentuado no consumo familiar na capital do que o verificado na média nacional, observou-se um aumento no índice de Perspectiva Profissional, que pode indicar um otimismo futuro, mas que ainda não reflete no consumo imediato das famílias”.

Em relação aos subíndices que contribuíram para a queda mensal da pesquisa, observou-se uma baixa considerável em Momentos para Duráveis (-7,4), Perspectiva de Consumo (-6,3), Nível de Consumo Atual (-5,5) e Emprego Atual (-2,3). No entanto, o índice Perspectiva Profissional apresentou desempenho positivo de 4,7% em março.

Apesar do aumento no índice de Perspectiva Profissional, a avaliação referente à Renda Atual apresentou uma leve queda em comparação às respostas de fevereiro. Dos participantes que responderam à pergunta, 53,8% avaliaram como “melhor” a renda atual, contra 55,3% observado no mês anterior. Já para os que consideraram “pior” a renda atual, a avaliação passou de 19,1% em fevereiro para 17,01% em março.

Já sobre o componente que avalia o Momento para Duráveis, que apresentou forte queda no mês, o presidente Wenceslau Júnior conclui que tal situação “sinaliza para uma mudança no comportamento de compra dos cuiabanos, uma vez que as famílias precisam focar os gastos em despesas obrigatórias que ocorrem todo início de ano”.

João Freitas

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