Foto Ahmad Jarrah – Arquivo CMT
O tempo de viagem nos ônibus coletivos de Cuiabá, onde foram implantadas as linhas expressas e os corredores exclusivos, diminui em 18%, segundo informações da Secretaria de Mobilidade Urbana de Cuiabá (Semob).
De acordo com o diretor de transporte da Semob, Nicolau Budib, a criação das linhas expressas foi o resultado de um estudo realizado pela prefeitura que apontou que os passageiros não se importam em ir em pé, desde que a viagem seja rápida.
“Nesses estudos nós percebemos algumas adequações na área Central que seriam necessárias para ganharmos tempo e eficiência”, disse Nicolau, ao Circuito Mato Grosso.
Segundo o diretor de transporte, há estudos para implantação de outras linhas expressas e corredores exclusivos, mas que isto depende de outras variáveis, como a densidade populacional do bairro que vai receber a linha.
“Não é tão simples de implantar a linha expressa, por que o bairro precisa ter uma densidade populacional grande, além do desejo dessas pessoas em irem do bairro para o centro. Quando as pessoas querem descer no meio do caminho, já não dá para implantar”.
Budib argumenta que a implantação da linha no Bairro Pedra 90 e Osmar Cabral deram “100% certo”. Já na do Parque Cuiabá foi detectada uma super oferta, pois os ônibus estavam saindo do bairro vazio, o que levou a Semob a estender a linha até o Residencial Santa Terezinha.
Para a moradora do Bairro Parque Cuiabá, na região do Coxipó, Rhainara Leite, 21, que utiliza a linha expressa cinco vezes por semana, o único problema é que quando o coletivo chega ao ponto final do Parque Cuiabá, após vir do Residencial Santa Terezinha, ele já chega lotado.
Em compensação, o tempo de viagem diminuiu em 20 minutos. Rhainara conta que antes demorava cerca de uma hora para se deslocar do ponto final do bairro até o centro da cidade, na Praça Bispo. Hoje, segundo ela, a viagem está durando 40 minutos, “no máximo”.
“Melhorou bastante na questão de rapidez, por que ele para em poucos pontos de ônibus. Só que após a extensão para o Santa Terezinha, ele chega ao ponto final lotado, sem lugares para sentar”, disse Rhainara.
Ainda segundo a moradora do Parque Cuiabá, o coletivo costumava passar às 6h25, mas após ser implantando no Santa Terezinha, começou a se atrasar de cinco a 10 minutos. Mas que o horário é pontual para sair do ponto final, ela garante.
“Pra mim não tem desvantagem nenhuma, até por que eu desço no último ponto que ele para. Ele tinha horário definido, eu sempre o pegava 6h25, que era o horário que ele estava no ponto final. Só que agora ele está passando um pouquinho mais tarde, mas costuma ser pontual”.