Ele explica que as frentes frias não têm relação com as baixas temperaturas dessa última semana. “O que a frente fria provoca é chuva. Mas, como ela faz uma cobertura, a temperatura máxima diminui por um dia ou dois, o que não é o caso.”
Rangel diz que a temperatura mínima deve se elevar nos próximos dias, mas, até o final de agosto, várias massas polares ainda podem passar pela região. “Há também diferença entre o que o equipamento registra e o que a população sente. Para quem está na rua, se estiver ventando, a sensação térmica chega aos 8ºC”.
Segundo o meteorologista, o que varia é a intensidade das massas polares e a distância em relação ao ponto de origem. “Tem certas massas que atingem em cheio a Região Sudeste e vão para o oceano. Tem outras que avançam pelo Centro-Oeste e vão até o sul da Região Norte, determinadas pelos ventos e nisso só a natureza põe a mão.”
Para o especialista do Inmet, dizer que não chove no inverno é um mito. “Para todos os meses do ano existe uma expectativa de chuva. Para o mês de julho, em nossa região, é em torno de 11 milímetros, mas isso não significa que seja obrigado a chover essa quantidade”, disse Rangel, contando que o acumulado de julho já chega a 7,9 milímetros de chuvas, mais de 70% do previsto. “Já a expectativa de chuvas para o mês de agosto é 8 milímetros, mas já tivemos anos em que não ocorreu nenhuma precipitação”, destacou.
Agência Brasil