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‘Temos que superar esse Fla-Flu’, diz Aécio sobre Dilma e Cunha

Aécio Neves discursou durante evento do PSDB em Juiz de Fora (Foto: Rafael Antunes/G1)

O senador Aécio Neves (PSDB) esteve em Juiz de Fora nesta sexta-feira (4), para o Encontro Regional do Partido da Social Democracia Brasileira. No local, falou sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), sinalizou de forma contrária ao recesso parlamentar e disse que as eleições municipais devem contar com um candidato próprio do partido.

O evento reuniu lideranças e militantes dos tucanos na Zona da Mata mineira em um hotel no Centro da cidade. Pouco antes de chegar, Aécio precisou dar a volta no quarteirão e entrar por uma passagem alternativa, visto que na porta principal funcionários da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e outros sindicalistas manifestavam bloqueando a passagem. Na tarde desta sexta, o senador seguiu para Belo Horizonte (MG), onde não tem agenda pública.

Impeachment de Dilma Roussef
Durante entrevista coletiva, Aécio defendeu que Dilma Rousseff e Eduardo Cunha interrompam as brigas pessoais e foquem na situação atual do Congresso e em alternativas para superar o momento de crise no país.

“A partir da semana que vem será instalada no Congresso Nacional a comissão que vai discutir o processo de impeachment do ponto de vista jurídico. O que nós temos que fazer agora é superar esse Fla-Flu entre a presidente da República e o presidente da Câmara dos Deputados e discutir de forma clara: houve crime? A presidente cometeu crime de responsabilidade? Se cometeu precisa responder por isso, senão nós estaremos criando quase que um salvo-conduto no país, onde seria permitido que presidentes ou detentores dos cargos mais altos pudessem, para se reeleger ou para se manter no poder, cometer crimes”, argumentou.

Recesso parlamentar
Em seguida, Aécio sinalizou uma mudança de opinião do PSDB sobre o recesso parlamentar. Ele confirmou que a decisão da oposição será em conjunto na próxima terça-feira (8). “O nosso sentimento inicial era de que isso ocorresse o mais rápido possível, mas o que nós estamos percebendo que há um atropelo enorme do governo, uma mobilização muito grande para que não haja manifestações. O que existe até agora são ponderações de movimentos sociais com os quais nós temos contato, que gostariam de ter um tempo maior para que a população pudesse acompanhar mais de perto os desdobramentos desse processo”, disse.

Relação com investidores
Quando questionado sobre a relação entre o governo estadual e os investidores da região, comparou o Brasil a Minas Gerais e disse que a Zona da Mata sofre consequências da má administração nacional PT e de facilidades oferecidas por outros governos para atrair empresários.

“O que eu percebo é que os investidores, tanto internacionais quando nacionais, tem se manifestado com enormes reservas em relação ao Brasil. A equação a qual o PT nos mergulhou é a mais perversa que já vivemos em nossa história contemporânea. Há uma preocupação nossa permanente com a retomada do crescimento da Zona da Mata, que já foi a mais vigorosa do ponto de vista econômico do estado de Minas Gerais e vive um conjunto de circunstâncias, um momento extremamente difícil, seja pela perda de atividade geral do país e do próprio estado de Minas Gerais, seja pelas facilidades que o estado do Rio tem dado para a atração de empresas", explicou.

O senador também apresentou números mostrando altas taxas de desemprego no país, principalmente entre jovens, descontrole da inflação e queda no crescimento. “O Brasil, entre os 20 países mais desenvolvidos do mundo, será o que terá o pior crescimento, à frente apenas da Ucrânia, que está em guerra civil. Hoje temos 60 milhões de pessoas inadimplentes, com prestações atrasadas. O desemprego em fevereiro para os mais jovens ultrapassará 25%. Para aqueles que têm até 24 anos, a média será de 12%. A inflação continua sem controle. Nas regiões metropolitanas ela já chegou em torno de 15%”, lamentou.

Eleições municipais
Por fim, ao comentar sobre as eleições municipais, deu a entender que a cidade vai contar com um candidato próprio do PSDB e que o cenário para a disputa de 2016 nunca foi mais favorável. “A nossa intenção é que o PSDB possa ter um nome altamente qualificado para disputar, porque essas eleições municipais vão encontrar o PSDB no seu melhor momento em 20 anos de fundação. Nós somos o contraponto ao governo do PT e aos que o apoiam. Votar no PSDB é antecipar o fim de um governo que tantos prejuízos vêm trazendo aos brasileiros”, concluiu.

Fonte: G1

Redação

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