Política

Temer regulamenta Acordo de Paris em busca de apoio em meio a crise

Folhapress

Em uma tentativa de fazer um contraponto a Donald Trump, o presidente Michel Temer assinou nesta segunda-feira (5) o decreto que regulamenta o Acordo de Paris. A iniciativa é feita no momento em que o peemedebista enfrenta a pior crise política de seu mandato e busca apoio social para seguir à frente do Palácio do Planalto.

Em esforço para demonstrar que conta com respaldo no Poder Legislativo, participaram da solenidade integrantes da base aliada e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O acordo, que estipula meta de reduzir de 26% a 28% as emissões de gases causadores do efeito estufa até 2025, já havia sido ratificado em setembro e entrado em vigor no país em novembro.

O objetivo do decreto assinado nesta segunda-feira (5) foi apenas incluir as propostas da iniciativa na legislação brasileira.

"Nós estamos reiterando o firme apoio do país ao Acordo de Paris para que ele ganhe força de lei", disse o presidente.

Segundo o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, o governo brasileiro já vinha cumprindo as metas e o único efeito prático do decreto é obrigar juridicamente seu cumprimento.

Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos anunciou a retirada do país do Acordo de Paris, o que levou os países europeus a buscarem grandes empresas americanas para cumprir com as metas da iniciativa.

No radar, estão, por exemplo, Facebook, Apple, Ford e Microsoft que criticaram a decisão do presidente norte-americano.

O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, disse que a decisão dos Estados Unidos causou "profunda preocupação". "Nós mostramos ao mundo que o empenho do Brasil para sua implementação permanece inabalável", disse.

Na terça-feira (6), o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) irá voltar a julgar processo de cassação da chapa presidencial de 2014. Com o agravamento da crise política, o Palácio do Planalto avalia que o placar, que antes era favorável, tornou-se apertado, ameaçando a continuidade do presidente no cargo.

A aposta de assessores e auxiliares presidenciais é de que um dos ministros mais próximos do presidente façam pedido de vista, o que poderá atrasar a conclusão do julgamento para o final de junho.

Redação

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