Política

Temer admite que votação da reforma da Previdência pode ficar para fevereiro

O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira (12) que o governo vai aguardar até a próxima semana para reunir os 308 votos necessários na Câmara dos Deputados para aprovar a reforma da Previdência. Caso o governo perceba que não chegou ao número, a data da votação será definida em fevereiro, segundo o presidente.

Temer conversou com jornalistas no Palácio do Itamaraty, após almoço com o presidente da Macedônia, Gjorge Ivanov. À tarde, ele recebe líderes empresariais no Planalto para mais um evento em favor da aprovação da reforma.

Temer lembrou que a discussão do projeto no plenário da Câmara terá início na quinta-feira (14). O governo vai articular até terça (19) para verificar quantos votos dispõe. A aprovação da reforma exige dois turnos na Câmara.

"Se tiver os 308 votos, vai a voto agora. Caso contrário, se espera o retorno em fevereiro e marca-se data em fevereiro", disse Temer.

Segundo o presidente, o início da discussão vai ajudar a esclarecer os efeitos das mudanças previdenciárias. Ele voltou a destacar que trabalhadores rurais, idosos e pessoas com deficiência não serão impactados pela reforma.

“Acho que com a discussão nós vamos, na verdade, esclarecendo vários pontos. Vejo que há uma divulgação equivocada da Previdência Social”, afirmou.

PSDB

O governo trabalha para que partidos da sua base de apoio no Congresso fechem questão a favor da reforma. Assim, os deputados que ignorarem a decisão podem ser punidos e, inclusive, expulsos das legendas.

PMDB, PTB e PPS já fecharam questão. Na entrevista desta terça, Temer foi questionado sobre o PSDB. Perguntado se uma eventual decisão contrária dos tucanos poderia gerar um “incômodo”, o presidente demonstrou otimismo.

"É uma questão do PSDB, mas todos lá parece estão trabalhando para o fechamento de questão", disse.

Redação

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