Esta semana conversando com uma amiga sobre a importância das nossas “assistentes” do lar, contei sobre meu chá de panela em que minha madrasta fez uma dinâmica para as convidadas. Elas tinham que responder perguntas que me auxiliariam nesta nova fase da minha vida. Uma das perguntas foi: o que é mais importante no casamento?
Uma das minhas amigas casadas mais espirituosas respondeu: minha empregada. Na hora todos rimos e pensei cá com os meus botões, “coitada, o casamento dela não deve estar bem”, mas com o nascimento da minha primeira filha entendi rapidamente aquela frase. Noites mal dormidas combinadas com o fim da licença maternidade me trouxeram a necessidade de uma assistente.
Deixar minha filha pela primeira vez em casa e ir trabalhar foi uma novela, chorei o dia todo. Mas passou. O que essa fase me trouxe foi a consciência da importância dessas pessoas em nossas vidas. Elas cuidam do que temos de mais precioso: nossos filhos e nossa casa. E quem cuida delas? Poucos. Sempre digo às minhas filhas que devemos cuidar de quem está mais próximo a nós para, depois, cuidarmos dos outros.
Minha assistente-amiga Evânia está comigo há nove anos, tem nove filhos, estava terminando o segundo grau com uma criança de oito meses quando começou a trabalhar comigo. Desde que a conheci faço tudo que posso para facilitar seu trabalho e auxiliá-la, procuro não deixar louça suja, lavo minhas lingeries, etc. e aprendo lições valiosíssimas com ela o tempo todo. São pessoas que fazem o trabalho dobrado, em nossas casas e nas casas delas e, na maioria das vezes, não são vistas. São pessoas que precisam ser desenvolvidas, acolhidas e reconhecidas.
Qual é a sua crença/modelo mental em relação a essas pessoas? Aquele filme com a Regina Casé “Que Horas Ela Volta?” descreve bem essa relação, que afeta principalmente os nossos filhos. Como é a sua relação com a sua ou seu assistente? Ela se tornou uma pessoa melhor desde que te conheceu? Tem mestres ao nosso lado e não os enxergamos.
Namastê
