Opinião

Tecnologia inova diagnóstico das doenças digestivas

Antigamente, as doenças do aparelho digestivo eram mais difíceis de serem detectadas, corretamente diagnosticadas e tratadas. Contudo, a tecnologia veio para causar uma verdadeira revolução na saúde. O que era considerado um exame básico para o diagnóstico de cânceres, úlceras, gastrites e outras doenças, hoje ganha mecanismos que complementam e aumentam as chances do diagnóstico preciso. 

Refiro-me à endoscopia digestiva, exame que hoje conta com o recurso de magnificação de imagens de altíssima definição, com resolução acima de 1 milhão de “pixels” (HD+). No procedimento, é possível analisar lesões suspeitas do tubo digestivo, possibilitando a identificação ou até mesmo a exclusão de tumores mesmo antes do resultado da biópsia.

Também considero de suma importância falar da ecoendoscopia, também conhecida como ultrassonografia endoscópica, que reúne a tecnologia da endoscopia convencional e do ultrassom. Eu costumo dizer que este exame é o “padrão ouro” do diagnóstico de doenças pancreáticas e lesões da parede do esôfago, estômago, duodeno e reto. 

E não poderia deixar de citar o exame para diagnóstico de doenças do intestino delgado, que é a cápsula endoscópica, um dos exames mais inovadores dos últimos anos. O paciente que vai passar pelo procedimento ingere uma minicâmera, do tamanho de um comprimido, que emite duas fotos por segundo. No final de oito horas são geradas mais de 60 mil fotos, e que são analisadas pelo médico como um pequeno filme. 

O Centro de Endoscopia de Cuiabá (CEC) é pioneiro no estado na realização destes exames, em especial da cápsula endoscópica, que chegou ao Brasil em 2002. Cuiabá foi a segunda cidade a oferecer essa tecnologia. E a partir deste ano, vivemos uma nova fase com a inauguração da nova sede do CEC, que foi cuidadosamente pensada para o conforto dos pacientes e especialmente atendendo as exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 

E nossos esforços para transformar Mato Grosso em um centro de referência no diagnóstico de doenças do aparelho digestivo não param por aí. Estamos firmando uma parceria com o Hospital 9 de Julho, de São Paulo, para trazer um novo exame que permite avaliar todo o intestino grosso, indicado especialmente para quem não pode, por algum motivo, fazer a colonoscopia.

Até setembro, devemos ter mais uma tecnologia aliada à prevenção e combate deste tipo de doenças. É extremamente importante mostrarmos que os centros de referências não estão mais localizados no eixo Rio-São Paulo. Temos avançado (e muito) na disponibilização dos serviços de saúde à população de Cuiabá e Mato Grosso. Por isso, só temos o que comemorar!

Dr. Roberto Barreto que é presidente da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva em Mato Grosso (Sobed-MT) e diretor técnico do Centro de Endoscopia Cuiabá (CEC) 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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