Uma das inovações tecnológicas foi o desenvolvimento de sistemática de cruzamento eletrônico dos dados entre sistemas administrativos e finalísticos do Governo do Estado e de outros Poderes e esferas para geração de diagnósticos, indícios de riscos e/ou de irregularidades propriamente ditas na aplicação dos recursos.
A partir de temas como dispensa de licitação, pagamento de subsídios, posse ilegal de cargos público, entre outros, o mecanismo trabalha com a verificação de situações, chamadas “trilhas”, que indicam ocorrências atípicas em determinados processos, as quais merecem atenção especial dos auditores.
O coordenador de Diagnóstico e Inteligência da AGE, Anderlei Barbosa, explica que as ocorrências são analisadas, isoladamente ou em conjunto, com vistas, principalmente, a prever situações futuras que poderiam ocasionar prejuízos ao Estado, de forma a permitir providências antecipadas.
O sistema permite aos auditores averiguarem, por exemplo, empresas que participaram de mesma licitação e mantém vínculos entre si; pagamento realizado diretamente a servidores após óbito registrado; cargos acumulados nas esferas federal e estadual; servidores públicos com participação em gerência ou administração de empresa, entre outros. No momento, a AGE possui 40 trilhas. A previsão é atingir 600 até 2015.
CONTROLE INTERNO
Outra inovação tecnológica foi o desenvolvimento do Sistema de Controle Interno (SCI), que concentra informações de todo o ciclo de auditoria, do planejamento à execução dos trabalhos e elaboração dos produtos (relatórios, orientações técnicas, pareceres, entre outros).
O superintendente de Auditoria em Tecnologia da Informação (AGE-MT), Anderson Escobar, ressalta que as diversas áreas de auditoria (pessoal, convênios, contabilidade, aquisições e outros) podem aproveitar dados e análises para o levantamento de outras situações, de forma a se evitar retrabalho e a otimizar as atividades de controle interno e auditoria. “Além disso, o sistema possibilita a integração das equipes em relação a um mesmo objeto”, observa.
O SCI está em operação desde janeiro de 2013, porém começou a ser desenvolvido em março de 2011 pelo Centro de Processamento de Dados de Mato Grosso (Cepromat), em conjunto com a Superintendência de Auditoria em Tecnologia da Informação da AGE. Até então, todo o ciclo de auditoria era controlado manualmente pelos auditores do Estado.
Secom-MT