Os técnicos administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) interromperam suas atividades nesta sexta-feira (28), aderindo a uma paralisação nacional convocada pela FASUBRA. O movimento tem como principal objetivo pressionar o Governo Federal a cumprir o acordo firmado com a categoria durante a greve de 2024.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da UFMT (Sintuf-MT), embora o acordo tenha sido assinado em junho do ano passado, nenhum dos pontos acordados foi implementado — nem os de impacto financeiro, nem os administrativos. A justificativa do governo foi a não aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA), mas os técnicos argumentam que até cláusulas sem impacto orçamentário seguem ignoradas.
A mobilização ocorre nos campi de Cuiabá, Araguaia e Sinop, e acontece mesmo após o governo federal desmarcar unilateralmente a reunião prevista para esta sexta-feira. Durante o protesto, os servidores também devem votar pela entrada em estado de greve, que pode culminar em uma nova paralisação geral, caso não haja avanços nas negociações.
A administração da UFMT manifestou apoio à valorização dos técnico-administrativos e reconheceu a paralisação como parte do Dia Nacional de Luta pela Educação. Ainda assim, as atividades acadêmicas seguem normalmente, com o maior impacto sendo sentido nos setores administrativos da universidade.
O movimento chama atenção para a dificuldade do governo em cumprir compromissos básicos com o funcionalismo público, mesmo após negociações e acordos oficiais, levantando questionamentos sobre a seriedade do diálogo institucional.