Foto: Ahmad Jarrah/CMT
O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou que o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) está sendo usado como “poleiro eleitoral” para ações do presidente do órgão, o conselheiro Antônio Joaquim, que já anunciou aposentadoria para o final do ano e sua volta a disputa política.
A declaração feita em um grupo do Whatsapp foi uma resposta ao anúncio de que o TCE-MT irá acionar a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), pela recusa em compartilhar informações de empresas para a realização de auditoria no controle de exportações no Estado.
Conforme Taques, o órgão de controle externo deixa se rebaixar mais uma vez.
“[O TCE] se permite servir de trampolim (ou seria poleiro?) eleitoral para o seu presidente, auto-declarado candidato, chamar para si holofotes em ações politiqueiras, midiáticas e desprovidas de valor real”, afirmou.
O governador afirmou que a primeira vez em que o TCE-MT se rebaixou foi quando permitiu negociatas para “venda de vagas”.
“A primeira vez aconteceu quando permitiu as negociatas de venda de vagas, antes veladas e agora Reveladas por denúncias que pipocam a todo lado. Ali teve de tudo pra ocupar vaga, até Conselheiro hereditário”, declarou.
O tucano ainda afirmou que o órgão foi conivente com as irregularidades cometidas pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB), nas obras relacionadas a Copa do Mundo de 2014.
“A segunda vez foi quando permitiu que todas as negociatas do Governo Silval (antes supostas e agora expostas) acontecessem embaixo das suas barbas, seja por conivência ou por incompetência”, disse.
“Cabe a ressalva de que o TCE esteve presente na Secopa, com auditores permanentes lá, com este mesmo modelo "inovador" de auditoria durante a execução. Deu no que deu: obras de péssima qualidade, sem prazos, com descontrole total. Sobrou pra gente organizar essa zona”, completou.
Acesso a CPF
Por fim, Taques levantou suspeita quanto ao motivo que teria motivado o TCE-MT requerer informações das empresas que recebem isenção do ICMS. O órgão afirma que auditores identificaram indícios de evasão de receita, com a hipótese de possíveis operações fictícias de exportações em atividade isenta de tal imposto.
“Nada justifica que, ao invés de analisar os dados e sistemas de controle, querer acesso a CPFs e valores individuais. Não interessa a eles os processos, mas sim os nomes. Quer prospectar CPFs com que interesse? Avaliando o potencial dos contribuintes para Futuras doações de campanha? Muito estranho tudo isso", pontuou o governador.
Veja a mensagem de Taques na íntegra:
"O TCE MT, a meu ver está se permitindo rebaixar mais uma vez.
A primeira vez aconteceu quando permitiu as negociatas de venda de vagas, antes veladas e agora Reveladas por denúncias que pipocam a todo lado. Ali teve de tudo pra ocupar vaga, até Conselheiro hereditário.
A segunda vez foi quando permitiu que todas as negociatas do Governo Silval (antes supostas e agora expostas) acontecessem embaixo das suas barbas, seja por conivência ou por incompetência. Cabe a ressalva de que o TCE esteve presente na Secopa, com auditores permanentes lá, com este mesmo modelo "inovador" de auditoria durante a execução. Deu no que deu: obras de péssima qualidade, sem prazos, com descontrole total. Sobrou pra gente organizar essa zona.
Agora, se permite servir de trampolim (ou seria puleiro?) eleitoral para o seu presidente, auto-declarado candidato, chamar para si holofotes em ações politiqueiras, midiáticas e desprovidas de valor real.
Nada justifica que, ao invés de analisar os dados e sistemas de controle, querer acesso a CPFs e valores individuais. Não interessa a eles os processos, mas sim os nomes. Quer prospectar CPFs com que interesse? Avaliando o potencial dos contribuintes para Futuras doações de campanha? Muito estranho tudo isso."
Leia mais:
TCE-MT vai acionar Sefaz judicialmente para ter acesso a documentações