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Tarifaço dos EUA entra em vigor com sobretaxa global de 10%; Trump volta a defender medida

As tarifas globais de 10% do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos importados pelo país vindos de diversas origens entraram em vigor neste sábado, 5 de abril. A medida atinge o Brasil. A tarifa geral mínima de 10% passa a valer neste sábado, enquanto as tarifas individualizadas entrarão em vigor na próxima quarta-feira.

A tarifa de 10% será aplicada também às nações que o presidente Trump selecionou para sobretaxas mais elevadas por meio da sua medida tarifária recíproca, caso da União Europeia e da China.

As tarifas recíprocas entrarão em vigor em 9 de abril. Até lá, esses países enfrentarão a tarifa de 10%, confirmou a Casa Branca na sexta-feira, 4.

Alguns bens não estão sujeitos a tarifas recíprocas e o aço e o alumínio, que já foram tarifados, não sofrerão uma nova tarifação, segundo a Casa Branca.

O tarifaço de Trump atinge mais de 180 países.

Para o Brasil, a tarifa adicional será de 10% em relação à atual alíquota de importação vigente sobre os produtos brasileiros que entram no mercado norte-americano.

Volta da defesa do tarifaço

O presidente dos Estados Unidos voltou a defender o tarifaço do seu governo na manhã deste sábado. Trump negou que a China tenha sido atingida “mais duramente” que os EUA.

“Eles, e muitas outras nações, nos trataram de forma insustentável. Fomos o ‘poste de chicote’ idiota e indefeso, mas não mais. Estamos trazendo de volta empregos e negócios como nunca antes”, escreveu Trump, em uma publicação na rede social Truth Social.

O presidente norte-americano afirmou que o país já recebeu mais de US$ 5 trilhões em investimentos. “AGUARDEM RESISTENTES, não será fácil, mas o resultado final será histórico”, comentou.

Na sexta, a China anunciou uma série de ações retaliatórias aos Estados Unidos. As medidas incluem tarifa recíproca de 34% sobre os produtos americanos importados, controles de exportação a sete categorias de itens relacionados a terras raras e a inclusão de 11 empresas dos EUA à “lista de entidades não confiáveis”.

O governo chinês também registrou queixa na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas dos Estados Unidos.

Estadão Conteudo

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