O governador Pedro Taques (PSDB) anunciou nesta quarta-feira (04) que o Estado vai pleitear recursos junto à União para a implantação do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) em Mato Grosso. Taques conheceu o sistema de vigilância que já funciona em Mato Grosso do Sul.
Com o custo estimado em R$ 1,2 bilhão, o governador falou da necessidade de buscar recursos junto ao Orçamento Geral da União (OGU), por meio da bancada parlamentar federal de Mato Grosso, para a implantação do sistema no Estado. “Me coloquei à disposição para fazer uma reunião com a bancada federal e juntos fazermos uma pressão política, que é legítima, no sentido de que não haja mais cortes no orçamento deste importante programa”, disse.
O chefe do Executivo estadual avalia que é importante a participação do Estado para trazer o programa e auxiliar na sua execução. “Não depende só da União, mas de todos nós. Esse é um programa do cidadão brasileiro, para que possamos fazer a defesa da terra que pertence a nossa Pátria”, comentou.
Taques justificou que a implantação do sistema na fronteira de Mato Grosso com a Bolívia é importante devido às áreas estratégicas que serão envolvidas, combate ao tráfico de drogas, descaminho, contrabando, defesa sanitária animal, defesa mineral, além da melhoria na qualidade de vida das pessoas que residem na faixa de fronteira. No Brasil, 10 milhões de pessoas vivem nessas áreas. No próximo dia 18, o governador Pedro Taques irá à Bolívia debater a políticas de fronteiras.
O chefe do Estado-Maior do Exército, general Sérgio Westphalen Etchegoyen, afirmou que os problemas da fronteira afetam todos os brasileiros, com aumento da violência e até a alta taxa tributária. Segundo ele, o Sisfron funciona como um sistema aberto à parceria público-privada para barrar as ilegalidades. Em Mato Grosso, o general afirma que o Exército Brasileiro poderia contar com apoio do o Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron).
O general de Brigada Rui Yutaka Matsuda, que atua na 4ª Brigada Guaicurus em Dourados (MS), local onde foi implantado a primeira fase do Sisfron, disse que o sistema funciona como um grande smartphone, em que vai se adicionando aplicativos.
O oficial explicou no estado vizinho a evolução foi tamanha que atendimento médicos, via internet, já são feitos por intermédio do Sisfron, o que facilitou a vida dos moradores da região. Além disso, um trabalho realizado pelo Sistema S faz a formação dos soldados para operar os sistemas e aparelhos e pensar na evolução do programa.
Outro braço citado por ele é quanto à participação das universidades no programas. Diversos cursos, como os de engenharia, trabalham em pesquisas para criar novos recursos que podem ser empregados ao sistema. A meta é expandir para toda a região de fronteira até 2035.
“Vem a calhar em relação às necessidades da população como um todo. Porque o projeto integra a defesa nacional com a necessidade de desenvolvimento econômico e social, esse é o principal aspecto. Ao fazer isso nós estamos bem utilizando cada centavo que o brasileiro paga de imposto. O governador entendeu isso e Mato Grosso terá essa possibilidade de desfrutar dos benefícios do Sisfron”, finalizou.
(Assessoria)