Durante entrevista à rádio Vila Real na manhã desta terça-feira (17), o governador Pedro Taques (PSDB) afirmou que quem não gosta dele ou é porque quis colocá-lo em algum esquema e foi rechaçado ou então tentou controlá-lo porque “apoiou financeiramente” a campanha. Numa insinuação e recado não tão sutis assim a Otaviano Pivetta (PDT), Jayme Campos (DEM), seu ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD) e outros que o criticaram recentemente.
Repetindo o que já havia falado o deputado Wilson Santos (PSDB) em entrevista a este Circuito Mato Grosso, não é que o governador não tenha carisma, ele simplesmente “se recusa a participar de esquemas” e isso melindra seus adversários e vários de seus aliados e ex-aliados, como o também deputado Zeca Viana (PDT).
“Algumas pessoas pensaram que poderiam mandar em mim porque têm muito dinheiro, são milionários, pensaram que poderiam me mudar. Não mudei”, disse. Depois repetiu um dos seus muitos jargões, como não ser vaca de presépio nem filho de pai assustado et caterva. Depois, citou ipsis literis Wilson Santos: “Por que uma parte da classe política não me tolera? Não me tolera porque entendem que eu não faço joguinho, não faço esquema”. Afirmou que não faria nem esquema nem “coisa errada” nem mesmo para se manter no poder.
Sobre o ex-coordenador de sua campanha, Otaviano Pivetta, ele mandou as mais pesadas ironias, ao dizer que o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde e dono da Excelência Carne Suína, que andou afirmando que Taques não ouvia ninguém e andava possuído pela vaidade e pelo ego, fez a ele um elogio ao dizer isso, vindo de quem vinha.
Fávaro, Zeca Viana, o próprio Pivetta e outros entraram no bojo ao lembrar a eleição com bom percentual de votos. “Quem foi eleito governador fui eu. Era minha cara que estava na urna. Algumas pessoas queriam mandar no governo e não mandaram, alguns tinham sonho de ser governador, estavam há muito tempo na fila. Eu furei a fila e é por isso que boa parte da classe política não me tolera”.