O governador Pedro Taques deve participar da reunião da cúpula do PSDB nesta segunda-feira (10) à noite em um jantar em São Paulo para analisar se o senador Aécio Neves fica na presidência do partido, e se os tucanos desembarcam ou não do governo Michel Temer (PMDB), onde comandam quatro ministérios.
O partido tem governadores em seis Estados e é presidido interinamente pelo senador Tasso Jereissati desde maio, quando o empresário Joesley Batista, do grupo JBS, gravou e delatou o senador Aécio lhe pedindo R$ 2 milhões em propina. O ex-presidente Fernando Herinque, também deve participar da reunião.
“Vamos nos reunir em um jantar para poder discutir a situação do PSDB, lá em São Paulo, neste momento que vivemos”, disse durante evento de abertura da 53ª Expoagro, nesta sexta-feira (7).
Em defesa das investigações da operação Lava Jato, Pedro Taques reforçou que “que ninguém está acima da lei”.
Ao contrário do ministro Blairo Maggi (PP), defensor da continuidade do governo de Michel Temer (PMDB) na presidência, Taques foi mais evasivo ao manifestar sua opinião quanto ao governo de Temer, mas foi enfático ao revelar o apoio às reformas implantadas por Temer.
“Nós [o PSDB] temos quatro ministérios no Governo Teme. Esse debate [de permanência ou não] também será feito na segunda à noite. Independente de quem seja o presidente, eu defendo que as reformas sejam feitas, a trabalhista e previdenciária. Que o Brasil não pare, o Brasil não pode parar diante da crise econômica”, afirmou.
Atualmente o PSDB conta com Antonio Imbassahy na Secretaria de Governo, Aloysio Nunes como ministro de Relações Exteriores, Bruno Araújo no Ministério das Cidades e Flavia Piovesan no comando do Ministério dos Direitos Humanos.
Apoio anterior
Em abril, Taques se mostrou solidário ao então presidente do PSDB que fora citado como beneficiário de propina da Odebrecht em matéria divulgada pela revista Veja. O governador mato-grossense assinou uma nota em defesa de Neves.
“É inaceitável a prática de vazamentos seletivos e mentirosos que encontram eco em práticas jornalísticas pouco responsáveis. Esses vazamentos, movidos por propósitos obscuros, buscam lançar uma névoa sobre a vida pública brasileira manchando injustamente a imagem de pessoas de bem”, dizia trecho da nota do PSDB.
{relacionadas}