O governador Pedro Taques afirmou que o PSDB decidiu liberar a bancada do partido na Câmara para votar a favor da autorização para o Supremo Tribunal Federal (STF) analisar a denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer (PMDB).
De acordo com Taques, a definição foi dada em reunião com outros 14 líderes da cúpula tucana, realizada na noite desta segunda-feira (10) no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo.
“A reunião terminou e todos entenderam que diante da grave crise no país, em consenso, o partido deve liberar a Câmara para votarem como melhor entenderem”, disse Taques, em comunicado.
Conforme os bastidores, este foi o caminho encontrado pelos tucanos, que defenderam a permanência da sigla no governo, diante de uma derrota difícil de ser evitada. A maioria dos deputados do PSDB, cerca de 30 de um total de 46, estaria favorável ao desembarque do partido e da investigação do presidente.
Apoio a Michel
Os tucanos adiaram a definição quanto ao desembarque ou não do governo Temer. Novas reuniões devem ser realizadas ainda nesta semana.
Sobre a permanência do senador Aécio Neves na presidência do partido, Taques e outros líderes resolveram esperar até agosto, quando será decidido a renovação da executiva tucana. O partido continua sendo presidido pelo senador Tasso Jereissati, que assumiu a função desde que Aécio se afastou, após ser flagrado em conversa com o empresário Joesley Batista, do grupo JBS.
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