O governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB) prometeu terminar a obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Considerada uma das principais obras para a Copa do Mundo em 2014, a obra está paralisada desde dezembro do mesmo ano. O VLT já custou R$ R$ 1,066 bilhão e está na mira da Polícia Federal por meio da Operação Descarrilho, que investiga indícios de corrupção em obras da modal.
Taques disse que a modal foi uma das promessas na campanha eleitoral e que o projeto vai ser concretizado. “Vamos tirar do papel o VLT. Falei desde a campanha eleitoral que vamos terminar o VLT. Vamos jogar lixo debaixo dos trilhos e no preço correto”, declara o líder do executivo.
Novela VLT
As obras do VLT foram lançadas em junho de 2012 pela extinta Agecopa (Agência da Copa do Mundo 2014) com prazo de 24 meses para conclusão. O modal deveria estar funcionando a partir de 31 de março de 2014, cerca de dois meses e meio antes do início da Copa. O Consórcio VLT (formado pelas empresas CR Almeida, CAF, Santa Barbara e Magna) assumiu os serviços por contrato de R$ 1,4 bilhão em negócio com o governo Silval Barbosa.
No mês previsto para a inauguração, ao invés da entrega, o governo anunciou aditivo de 12 meses para conclusão das obras. Oito meses mais tarde, o governo anunciou a paralisação das obras por atraso no cronograma. Apenas 74% da implantação estavam concluídos 240 dias após o fim do prazo original. Desse total, 30% correspondem a obras físicas. No entanto, já tinha sido pago o montante de R$ 1,066 bilhão do valor em contrato.
A paralisação foi prolongada até o momento por decisão do atual governador Pedro Taques, que, em janeiro de 2015, mandou realizar auditorias nas contas da gestão anterior. Paralelamente, tentou chegou negociar a retomada das obras com o consórcio e houve entrave sobre valores a mais cobrados pelas empreiteiras para a conclusão das obras.
Operação descarrilho
Operação Descarilho deflagrada no dia 9 de agosto deste ano, teve 18 alvos que tiveram o sigilo quebrado pelo juiz Federal Paulo César Sodré. Os mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva foram cumpridos pela Polícia Federal após o pedido dos procuradores da República Vinícius Alexandre Fortes de Barros e Vanessa Cristhina Marconi Zago Ribeiro Scarmagnani.
O ex-secretário da Secopa, Maurício Guimarães, foi o único a ser conduzido coercitivamente para a sede da Superintendência da Polícia Federal, em Cuiabá. Outros mandados foram cumpridos em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná.
Guimarães prestou esclarecimentos sobre crimes de propina e lavagem de dinheiro na execução das obras do VLT Cuiabá/Várzea Grande pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e em seguida foi liberado.